A chuva inesperada de agosto deu uma trégua e com o céu sem uma única nuvem, um dos maiores eventos da Unicamp pode brilhar novamente. O ritmo afinado do grupo Combo da Escola Livre de Música da Unicamp recepcionava os visitantes da UPA. Haja informação, haja gente, haja tempo para percorrer esse mundão que é a Unicamp. “Grande”, “uma cidade”, “impressionante”, diz quem vem aqui pela primeira vez. Imensidão de espaço e de gente.

Grandeza que é tão maior que cabe uma família enorme. Quem disse que a UPA é só para os alunos? Da família Maciel Santos, em casa só ficou o gato e o papagaio. A mais nova com 8 anos e a avó com 71, ao todo quinze pessoas seguindo os comandos de Angela Maria Maciel dos Santos. A lojista da cidade de Sumaré (SP) veio, de verdade, acompanhar a filha Eliana, interessada na Faculdade de Educação Físca (FEF), e o filho, Elieber Maciel Santos, que toca no grupo Combo. “A gente sai da rotina, distrai bastante”, comenta.

Dona Ceferina Ruiz e seu Juan Ramos, peruanos, seis filhos, quatro netos, há 30 anos no Brasil também vieram dar uma espiada na música do filho, que é trompetista. Pose para foto, eles seguiram o passeio, pela primeira vez conhecendo a Unicamp. Na esperança sempre de voltar e ver os netos formados em um dos tantos cursos oferecidos pela Universidade.

Numerosas ou muito pequenas, as famílias aproveitam para fazer um dia muito diferente na UPA. Arisa Ribeiro, a mãe, é pedagoga e pianista. A filha canta no Coral Zíper na Boca, o filho Ariel trabalha com logística, o marido é comerciante. Só a filha mais velha não veio hoje.  Arisa é a mais animada porque, afinal de contas, quer fazer pós-graduação em música na Unicamp e o evento é um bom motivo para dar um pulo lá no curso de Música, e saber um pouco mais. “Vim buscar informações não é?”.  Claro!

Professores
No lugar das famílias que não vieram, lá estavam eles no corre-corre, tentado organizar tanta disposição dos alunos. As professoras e um colaborador do Serviço Social da Indústria (SESI) da cidade de Santa Rita do Passa Quatro simplesmente marcaram horário e local para encontrar todo mundo. O grupo de 38 alunos ficou livre para conhecer a Unicamp. “É muito importante para eles porque alguns realmente descobrem aqui o que querem prestar no vestibular”, observou Luciana Fantinato, professora de história.

Os 160 alunos do colégio Termomecânica, de São Bernardo do Campo, foram divididos em grupos por áreas de interesse. Há três anos vindo à UPA, os professores já tem experiência na melhor forma de fazer a visita. José Fabiany Pinheiro, docente de geografia, levou seu grupo para as unidades que concentram cursos de Ciencias Humanas. “Para o professor é um pouco cansativo mas ajuda muito os alunos, por isso estamos aqui."