Professor da Unicamp lança
obra sobre cálculo fracionário

07/08/2015 - 16:35

O docente do Instituto de Matemática, Estatística e Computação Científica (Imecc) da Unicamp Edmundo Capelas de Oliveira, atual coordenador executivo da Comissão Permanente para os Vestibulares da Unicamp (Comvest), lança no próximo dia 12 a obra Cálculo Fracionário pela Editora Livraria da Física, às 18h30, no Empório do Nono (Avenida Albino José Barbosa de Oliveira, 1.128), no Distrito de Barão Geraldo.    

O livro foi desenvolvido em coautoria com o professor Rubens de Figueiredo Camargo, ex-aluno de Edmundo que hoje atua como docente na Unesp-Bauru. Constitui-se um marco científico, por ser a primeira obra formal sobre cálculo fracionário em língua portuguesa.  

Cálculo fracionário é uma versão que generaliza o cálculo integral e diferencial clássico. Ao contrário do cálculo clássico (de ordem inteira), o cálculo fracionário ainda é pouco conhecido pela comunidade científica. Com isso, o seu uso nas ciências aplicadas, como na Física e na Engenharia, ficou restrita em termos de contribuições esporádicas, apesar de relevantes, como as de Heaviside ou dos irmãos Cole. 

A primeira conferência internacional sobre o assunto ocorreu em junho de 1974, mas a explosão de publicações em livros, revistas e simpósios emergiu somente na década de 1990. A aplicação do cálculo fracionário colaborou para muitas áreas científicas, tornando uma valiosa ferramenta na análise de diversos fenômenos. 

Segundo o professor Edmundo, o livro descreve a história do cálculo fracionário desde 1695, ao longo dos seus seis capítulos, além de trazer exercícios e proposições. Tem como público-alvo alunos de graduação, de pós-graduação e professores das áreas de exatas. “Estamos plantando uma árvore para os jovens que estão chegando”, afirma o professor da Unicamp. A sua justificativa é que o cálculo fracionário não existe como disciplina de graduação no Brasil. 

Edmundo comenta que enveredou no estudo desse tema sob influência do professor Mainardi (na Itália) e juntos acabaram formando um grupo de investigação colaborativa que conta também com pesquisadores como Tenreiro (em Portugal) e Trujillo (na Espanha).