PIBIC-EM certifica a 8ª turma
e recepciona os novos alunos

31/07/2015 - 15:42

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Gláucia Pastore, pró-reitora de Pesquisa

Gláucia Pastore, pró-reitora de Pesquisa

João Frederico Meyer, pró-reitor de Extensão

João Frederico Meyer, pró-reitor de Extensão

Alunos, pais e professores lotam auditório

Alunos, pais e professores lotam auditório

Mesa da cerimônia no Centro de Convenções

Mesa da cerimônia no Centro de Convenções

Com dois auditórios do Centro de Convenções lotados, aconteceu nesta sexta-feira a cerimônia de encerramento da 8ª turma e de recepção à 9ª turma do Programa de Bolsas de Iniciação Científica para Ensino Médio do CNPq – PIBIC-EM/CNPq. O PIBIC-EM tem o objetivo de fortalecer o processo de disseminação das informações e conhecimentos científicos e tecnológicos básicos e desenvolver atitudes, habilidades e valores necessários à educação científica e tecnológica dos estudantes, além de propiciar oportunidades e integrá-los em atividades de pesquisa sob a orientação de professores e pesquisadores da Unicamp.

“Você passaram por uma etapa da vida que não vão esquecer: conhecer a pesquisa, todos os aspectos dessa atividade tão importante para a consolidação do ensino”, disse a professora Gláucia Pastore, pró-reitora de Pesquisa. “A pesquisa sozinha não tem importância, se não for o alicerce de conhecimento e de transformação de atitudes e pensamentos. Temos que pensar sempre no futuro, em meio ao bombardeio de más notícias que nos fazem desacreditar do ser humano e das instituições. A crise, que significa o esgotamento de modelos, perpassa a vida de todas as nações. E o Brasil é muito maior do que a crise.”

Gláucia Pastore entregou o certificado e um presente a Pâmela Ortiz, que discursou em nome dos 238 estudantes da 8ª turma do PIBIC-EM, atuantes em 76 projetos orientados por docentes e pesquisadores da Universidade. “A trajetória percorrida desde o início até hoje foi muito significativa, deixando em nós bolsistas o sentimento de que tudo valeu a pena”, afirmou Pâmela. “O conhecimento adquirido através da pesquisa, o contato com o mundo maravilhoso da ciência, é algo que levaremos para a vida inteira. Orientadores e amigos graduandos que estiveram conosco mostraram que nós estudantes de escolas públicas temos capacidade de inovar e crescer profissionalmente.”

O professor Douglas Galvão, assessor da Pró-Reitoria de Pesquisa (PRP) e coordenador do PIBIC-EM, lembrou a história de uma aluna que queria fazer direito, mas participou de um projeto de física, influenciada pela série “CSI” da televisão. “Ela gostou tanto que desistiu do direito, fez vestibular e hoje está entre nossos alunos do Instituto de Física. Um dos objetos deste programa é despertar vocações. Outra história é de um aluno para quem a Unicamp era inalcançável e que a única chance de conhecê-la era através do programa – e viu que não era nada disso, que também podia tentar. Gostaríamos de uma participação ainda maior de estudantes do ensino público”.

Em tom bastante emotivo, o professor João Frederico Meyer, pró-reitor de Extensão e Assuntos Comunitários, cativou o público ao defender a universidade pública diante do “ataque violento por parte dos poderes públicos”. “O que a Unicamp faz com o dinheiro dos impostos? Busca dados da sociedade e da natureza para transformá-los em informação; depois transforma a informação em ciência; e depois transforma a ciência em serviço para transformar a sociedade e melhorar sua qualidade de vida. A Unicamp precisa de vocês [alunos de escolas públicas] aqui dentro, por diversas razões, inclusive porque temos que ser um retrato da sociedade.”

 

Comentários

Ainda que estes jovens não consigam, na totalidade, ingressar numa universidade pública, a vivência no ambiente acadêmico é uma oportunidade rara e especial, a qual jamais esquecerão, e ajudará muito onde quer que atuem. Em minha humilde opinião, o importante é o jovem ser estimulado a melhorar a sociedade onde for estudar ou atuar, lutar pela melhoria do ensino em todas as escolas e universidades. Pensar em qualidade para todos. Estimular colegas com desempenho não satisfatório. A minha vontade humanista era que espaços tão importantes de formação humana e cidadã, como a escola e a universidade, estimulassem a colaboração e não somente a busca de status em ranking. As escolas particulares pensando em colaborar para melhorar a escola pública, e as universidades públicas de ponta pensando em parcerias para melhorar outras faculdades também. Por que não uma troca? Este para mim é um discurso de igualdade. Minha grande utopia. Acredito no Pibic-EM neste aspecto, pois esses jovens serão agentes também em outros espaços do conhecimento se tiverem sabedoria. Por isso, parabenizo a Unicamp e o CNPq por este trabalho. Ano retrasado, um trabalho da Faculdade de Enfermagem sobre Mapa da Violência, coordenado pela professora Eliete Maria da Silva, foi aceito e apresentado em um congresso no Espírito Santo. Para alunos de ensino médio de escolas públicas, isso é enriquecedor. Palavras de mãe que teve a oportunidade de ver a filha participar deste programa e escrever seu primeiro relatório para o CNPq.

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