Estudantes do Instituto Confúcio da
Unicamp retornam de viagem à China

31/07/2015 - 11:28

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Grupo do IC que foi à China

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Viagem

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Grupo do IC que foi à China

Grupo do IC que foi à China

Aprender mandarim e cultura chinesa na própria China foi uma grande oportunidade para 18 alunos ligados ao Instituto Confúcio (IC), com sede na Unicamp, que participaram de uma viagem de 22 dias a Pequim e a Xangai neste mês de julho, nas férias escolares da Universidade. Foram recebidos pela Universidade de Beijing Jiaotong, depois de 26 horas de viagem.

O tempo passou: eles foram para o Oriente e já voltaram. Não foi difícil comprovar a satisfação do retorno já com a promessa de novamente visitar a China algum dia. Thiago Huang, da Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação (FEEC), por exemplo, acredita que essa experiência irá marcar para sempre a sua vida profissional. “Na minha área, a de Engenharia, todos os componentes eletrônicos vêm da China. Assim, o conhecimento de uma máquina de lá e o uso de manuais em chinês serão fatores fundamentais para o profissional que tiver esses conhecimentos”, salientou.

As aulas na Universidade de Beijing eram ministradas em mandarim e também em inglês. Os alunos conseguiram acompanhar bem as aulas e, no retorno ao Brasil, todos conseguiram aprovação no teste de proeficiência em mandarim, o HSK, comemora Kelvin Pacheco, estudante da Faculdade de Engenharia Química (FEQ). “Apesar das diferenças culturais que certamente são evidentes entre os dois países, a China foi tão receptiva a nós como o Brasil seria na mesma situação”, comentou.

O principal requisito para participar dessa viagem foi estar matriculado no curso de Mandarim hoje ofertado pelo IC no Instituto de Estudos da Linguagem (IEL). “Fomos a primeira safra de alunos a poder conhecer pessoalmente a China que conhecíamos das aulas e da teoria", contou Thiago Bonelle, graduando do Instituto de Matemática, Estatística e Computação Científica (Imecc). “Entramos em contato com um país moderno, sem perder a sua notável tradição”, disse.

O grupo relatou que, durante a manhã, fazia os seus cursos e que à tarde sempre havia agendado um passeio. Conheceram a Grande Muralha, a Cidade Proibida, a cidade de Xangai e muitos outros pontos turísticos da China. Informaram que se surpreenderam com a culinária local. A aluna do Instituto de Física “Gleb Wataghin” Melissa Mendes enfatizou que gostou tanto da comida de lá que ainda sente saudade. 

Um mundo novo se descortinou para esses alunos, mas muitos ainda acharam uma brecha para sentir falta do Brasil. “Muitos chineses aprendem português lá e então conversávamos e lhes passamos informações daqui. Assistimos a uma palestra sobre literatura brasileira em Pequim, ministrada por uma pós-graduanda do IEL da Unicamp”, revelou Thiago Bonelle.

O Instituto Confúcio financiou praticamente toda permanência dos 18 estudantes da Unicamp, informou Lucas Almeida, aluno da Facamp. Tiveram que arcar apenas com a metade da passagem aérea e ficaram hospedados em um hotel de Beijing, o Golden Inn.

Para Victória Padula, estudante do Instituto de Biologia (IB), a impressão que ficou da China foi a de um país organizado. Achou Pequim muito bem-estruturado e a universidade de lá lembrou muito o cotidiano da Unicamp. “Havia muitos senhores fazendo atividade física no campus, com a instituição mostrando uma boa interação com a comunidade externa”, frisou.

Já de volta ao Brasil, o grupo que esteve na China sempre que pode se reúne para recordar a viagem e sonhar com um provável retorno. Gabriel Trevisam, pós-graduando da FEEC, planeja voltar em breve. “Gostaria de obter uma bolsa-sanduíche para estudar em maior profundidade TV Digital. Lá existe um bom campo para expandir meus conhecimentos”, afirmou. A China é hoje o principal parceiro comercial do Brasil. Além dos 18 alunos do IC, participaram da excursão ao país dois funcionários da Unicamp e um aluno da Facamp.