Seminário
prepara para
Planejamento
Estratégico
da Unicamp

26/06/2015 - 15:30

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Martínez, Pitarch, Antolín e Alvaro Crósta

Martínez, Pitarch, Antolín e Alvaro Crósta

Seminário preparativo para revisão do Planes

Seminário preparativo para revisão do Planes

Francisco Pitarch e as reformas organizacionais

Francisco Pitarch e as reformas organizacionais

“Política universitária” foi o tema do seminário promovido pela Unicamp em parceria com a Cátedra Unesco de Gestão e Política Universitária, Universidade Politécnica de Madri e Universia Brasil, nesta sexta-feira, na sala do Conselho Universitário. “Este seminário é uma oportunidade de nos prepararmos para a revisão do Planejamento Estratégico [Planes] da Unicamp, que ocorrerá no segundo semestre deste ano, visando ao período 2016-2020”, disse a professora Teresa Atvars, pró-reitora de Desenvolvimento Universitário. 

Ressaltando que em 2016 a Unicamp comemora seus 50 Anos, a pró-reitora lembrou às autoridades presentes sobre a responsabilidade de projetar “a instituição que queremos para os próximos 50 anos”. “Uma tarefa nossa, enquanto reitores, é permitir que os dirigentes da Universidade se preparem para este desafio. Nada mais recomendável do que trazer gestores universitários que possam contar um pouco da experiência que tiveram em suas próprias instituições.” 

“Reformas organizacionais e boas práticas de governança”, primeira palestra do dia, foi concedida pelo professor Francisco Michavila Pitarch, diretor da Cátedra da Unesco e catedrático de matemática aplicada da Universidade Politécnica de Madri. Ele explanou sobre como a internacionalização, as tecnologias aplicadas à educação, a garantia de qualidade, a prestação de contas e outros temas estão levando as universidades a um processo inevitável de modernização e flexibilização. 

Jorge Martínez, economista pela Universidade Autônoma de Guadalajara (México) e vice-diretor da Cátedra da Unesco, falou sobre a internacionalização da educação superior, diferenciando este fenômeno de outros relacionados com a globalização, a europeização, etc. Ele analisou os efeitos da crescente orientação rumo à internacionalização na estratégia e atividades universitárias, o papel dos rankings nesse contexto, bem como casos de sucesso. 

“Universidade digital: novos modelos de docência” foi o tema abordado por Javier Uceda Antolín, ex-reitor da Universidade Politécnica de Madri e vice-diretor da Cátedra da Unesco. Depois de apresentar o estado atual das tecnologias aplicadas à educação, o professor analisou as vantagens e desvantagens dos novos modelos de docência com o uso intensivo de tecnologia e seu possível impacto no futuro das universidades, tanto para as que adotam uma atividade docente mais tradicional como para as que surgem a partir deste desenvolvimento tecnológico. 

O professor Alvaro Crósta, coordenador-geral da Unicamp, também ressaltou a importância da realização deste seminário no momento em que a Universidade celebra meio século de existência e precisa olhar para o próximo meio século. “Certamente, a história de sucesso que a Unicamp representa tem a ver com o planejamento originalmente definido na sua fundação. Temos a imensa satisfação de que nossos pares nos vejam hoje como uma das melhores universidades do mundo e da América Latina. Para que continuemos cumprindo esse papel, necessitados de olhares críticos, tanto internos quanto externos. E este seminário recebe especialistas em temas relativos à gestão da educação superior, para que nos olhem criticamente e nos ajudem a realizar nosso objetivo.” 

Luís Cabañas, diretor da Universia Brasil, destacou que esta rede de cooperação acadêmica, considerada a maior do mundo, nasceu por iniciativa dos reitores que eram parceiros do Banco Santander, justamente para colaborar com o desenvolvimento das universidades parceiras. “Temos três frentes de atuação: geração de empregos, formação e comunicação digital. Hoje reunimos 1.345 instituições de 23 países e a Unicamp é um membro global, ou seja, faz parte da fundação da Universia.”