Fórum Permanente debate
ocupação de espaços pela arte
06/05/2015 - 16:17
- Text:Da redação
- Images:
- Images Editor:
A ocupação da rua como espaço para as manifestações da arte foi o tema do Fórum Permanente “Intervenções Artísticas Urbanas” realizado nesta quarta-feira (06) no Auditório do Centro de Convenções da Unicamp. Durante a manhã os debates foram entre pesquisadores, gestores e produtores. Já no período da tarde os convidados falaram de suas experiências de intervenções no espaço público com grafite, dança de rua, rap e cultura hip-hop.
De acordo com a organizadora Margareth do Carmo Vieira Junqueira, o evento vai contribuir para a elaboração de uma política cultural para a Unicamp, que já está em discussão na Coordenadoria de Desenvolvimento Cultural (CDC). “Nós já atuamos em diversos projetos como, por exemplo, no programa Campus Tranquilo - Universidade Viva, ofertando atividades artísticas e culturais em espaços abertos."
Num formato diferente do habitual os convidados do fórum sentaram-se em cadeiras formando uma “roda de conversa”. A mudança foi elogiada pelo professor José Marcos Pinto da Cunha, assessor da Coordenadoria Geral da Universidade (CGU), que representava o coordenador-geral Álvaro Crosta. “A Universidade salta o muro para conversar com as pessoas da cidade. Espero que nossas reflexões, às vezes um pouco áridas, possam reverberar na sociedade”, afirmou.
O secretário municipal de cultura de Campinas, Ney Carrasco, que também é docente do Instituto de Artes (IA) da Unicamp, voltou ao século 19 para lembrar a forte distinção que havia entre cultura popular e erudita, uma fronteira que se desfaz no século seguinte. “As manifestações comunitárias, as artes das ruas, que antes eram vistas como ‘arte menor’ vão se transformando e culminam nos anos 1960 com a contracultura.” Carrasco ressaltou a importância de projetos na universidade que contribuam para a ação artística e a reflexão dos movimentos.
A experiência das políticas públicas e o papel das associações juvenis em Lisboa – Portugal foi em parte relatada pelo convidado Rui Telmo Gomes, do Centro de Investigação e Estudos de Sociologia do Instituto Universitário de Lisboa. O convidado mostrou vários vídeos realizados em projetos de inclusão social, multiculturalismo e arte-educação. Além dele, a docente Sylvia Furegatti, do IA; Gabriel Rapassi, da diretoria de cultura da Prefeitura de Campinas; Cynthia Margareth, do Lume Teatro; e Ana Cristina Ribeiro, pesquisadora do IA participaram da roda.