O programa Mexa-se da Unicamp, coordenado pelo Centro de Saúde da Comunidade (Cecom), está reorganizando suas ações. “As atividades do programa não foram interrompidas, mas sim as atividades nas ‘tendas’ – por curto prazo –, justamente para projetar os próximos passos”, explica a cardiologista Patrícia Asfora Falabella Leme, coordenadora do Centro de Saúde da Comunidade.

Desde a segunda quinzena do mês de fevereiro, voltaram a funcionar as escolas de coluna, de ombro e de joelho, além do grupo de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNTs). A partir do mês de abril, então serão retomados os grupos de atividades fisioterapêuticas preventivas, que são os antigos grupos de condicionamento físico.

Patrícia conta que, desde 2013, quando o Mexa-se foi trazido para o Cecom (até então pertencia à Faculdade de Educação Física - FEF), ele vem se adequando à missão do órgão. Neste sentido, o grupo que faz a sua gestão redesenhou o Mexa-se 2015 assentado sobre duas vertentes: a promoção da saúde e a prevenção das doenças e de seus agravos.

Segundo a médica, o Centro de Saúde da Comunidade segue uma linha de atendimento multiprofissional. Anteriormente, cuidar da saúde era uma tarefa médico-centrada. “Hoje o conceito é mais amplo. Inclui também outros profissionais como os enfermeiros, psicólogos, pedagogos, nutricionistas, dentistas, assistentes sociais, fisioterapeutas, entre outros. Todas as novas iniciativas são agora multicentradas. Pretendemos exercer aqui a filosofia da saúde de todos os saberes”, ressalta.

Neste sentido, o Mexa-se está agora incorporado a vários programas do Cecom, como o “Cuide-se” (para hipertensos), o de Climatério e Menopausa, o Programa de Saúde nas Unidades, o Grupo de Gestantes, o Programa de Preparação para a Aposentadoria (PPA) e o Programa de Ingressantes.

Além disso, vem se ligando a diversas parcerias institucionais, como o Programa Campus Tranquilo (com as Academias ao Ar Livre), o Dia Internacional da Mulher, o Programa UniversIDADE, o Dia da Saúde da População Negra, a Caminhada Fotográfica e eventos do Viva Mais, descreve Carlos Aparecido Zamai, coordenador técnico do programa Mexa-se.

Quando o foco é prevenir o agravo de doenças já instaladas, a comunidade conta com o grupo de atividades de DCNTs, de diabéticos, de hipertensos e de obesos. Existem ainda os grupos chamados escola de coluna, ombro e joelho, para pacientes com patologias crônicas. São intitulados “escola” porque desenvolvem exercícios com essas pessoas e depois ensinam a realizá-los em seus próprios domicílios, comenta Ricardo Luís Guerra, supervisor do Serviço de Fisioterapia.

Ricardo Luís acrescenta que o “Mexa-se” faz parte de todas essas atividades ligadas a atividades físicas. Mas não somente isso. Proporciona atividades educativas e o trabalho de educação em saúde, tão relevantes para a população. “As tendas são apenas um dos espaços onde tais atividades se desenvolvem.”

Patrícia Asfora revela que neste momento o Cecom também está estabelecendo uma parceria importante com a FEF, de modo a ampliar o conhecimento técnico e a diversificar a oferta de atividades. “Nessa fase de planejamento e reorganização, algumas delas deixaram de ser oferecidas nas tendas neste semestre, mas outras ações estão sendo estudadas, em benefício dos usuários”, garante ela.

Zamai lança um convite à comunidade universitária para se inteirar melhor sobre o “Mexa-se” e sobre as programações das tendas realizadas na Praça da Paz e na Academia ao Ar Livre. Para participar, conforme Zamai, o interessado deve trazer encaminhamento médico ou de fisioterapia do Cecom, a fim de agendar uma avaliação física, para então poder ingressar nos programas.

Ele relata que toda a comunidade pode acessar a nova grade de horários, disponível no site do Cecom. Trata-se de atividades gratuitas e que visam à melhoria da saúde e à qualidade de vida no ambiente de trabalho. Mais informações podem ser obtidas através do e-mail do Mexa-se.