“Dia D” contra a dengue
mobiliza a Universidade

18/03/2015 - 12:58

Unidades, núcleos e órgãos da Unicamp estiveram mobilizados nesta quarta-feira (18) no “Dia D contra a Dengue”. Organizada pelo Grupo de Trabalho (GT) da Dengue, composto por representantes de diversas áreas da Universidade, a ação compreendeu a realização de vistorias e de intervenções de combate aos criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença. De acordo com a coordenadora adjunta do Centro de Saúde da Comunidade (Cecon), Rôse Clélia Grion Trevisane, a iniciativa também teve o intuito de conscientizar a comunidade universitária para a necessidade de transformar as medidas preventivas contra a dengue em rotina.

Pela manhã, funcionários do serviço de manutenção predial da Prefeitura Universitária estiveram perfurando a laje de um prédio contíguo à Coordenadoria de Projetos e Obras (CPO), cujas obras estão paralisadas. O objetivo era promover o escoamento da água acumulada no local em razão das chuvas dos últimos dias.

Segundo o engenheiro Caio César Ceccherini, da CPO, e a arquiteta Lilia Donadon, da Pró-Reitoria de Pesquisa (PRP), nos próximos dias também será feita uma limpeza no local, para promover a retirada de objetos que possam acumular água. Assim que as obras forem retomadas, o prédio abrigará um laboratório de pesquisa na área de bioenergia, vinculado à PRP.

Também pela manhã, funcionários do Centro de Ensino de Línguas (CEL) realizaram vistoria em um prédio que abrigará parte das atividades do Centro, cujas obras também estão paralisadas porque a empreiteira responsável pelos trabalhos faliu. De acordo com Sidnei dos Santos, assistente técnico de direção, foi possível identificar um grande acúmulo de água na laje.

“Felizmente, não encontramos larvas no local. Nosso próximo passo será entrar em contato com a Prefeitura Universitária para pedir que uma equipe venha verificar o que pode ser feito para escoar essa água”, disse. Conforme Edmilson Antônio Ortolan, técnico em recursos audiovisuais e voluntário da Cipa, a inspeção ao prédio é rotineira. “Estamos sempre atentos, para evitar que surjam criadouros do mosquito da dengue”, assegurou.

Na Diretoria Geral de Recursos Humanos (DGRH), os funcionários Ronaldo Almeida, que é membro da Cipa, e André Coletti reservaram parte do dia para realizar a remoção de objetos nas imediações do prédio do órgão que pudessem servir de criadouro para o Aedes aegypti. Em poucos minutos, eles recolheram garrafas e copos plásticos e até um pedaço de cano de PVC.

De acordo Rôse Trevisane, essas e outras ações terão continuidade ao longo das próximas semanas. “Nosso objetivo é estabelecer uma rede de combate à dengue que envolva todas as unidades, núcleos e órgãos da Unicamp, bem como toda a comunidade universitária”. No próximo dia 26 de março, por exemplo, está prevista uma ação na Moradia Estudantil.

Um grupo formado por representantes da Universidade, do Centro de Saúde de Barão Geraldo e da Vigilância em Saúde do Distrito Norte fará vistoria em todas as residências. “Na oportunidade, os moradores serão orientados e receberão folhetos explicativos. Também serão eliminados eventuais focos do mosquito”, adiantou Rôse Trevisane.

A coordenadora adjunta do Cecon informou que o GT da Dengue vem acompanhando de perto a situação de alguns pontos no campus, que poderiam ser utilizados pela fêmea do Aedes aegypti para depositar seus ovos. Alguns deles, porém, não oferecem maiores riscos, pois não são o que os técnicos classificam de “criadouro típico”.

Por abrigarem nascentes ou receberem grande volume de água, além contarem com predadores naturais do mosquito transmissor da dengue, esses locais não oferecem risco. “Mesmo assim, nós fazemos um acompanhamento constante, para verificar se essa situação não sofre mudanças”, esclareceu Rôse Trevisane.