Seminário faz reflexão sobre
o Circo Social no Brasil

09/03/2015 - 16:00

Artistas, educadores, pesquisadores e estudantes participaram na tarde desta segunda-feira do seminário “A evolução, mudanças e desafios do Circo Social na América Latina nos últimos 10 anos e sua interface com as artes circenses”, realizado no auditório da Faculdade de Educação (FE) da Unicamp. O evento, promovido pela Rede Circo do Mundo Brasil, contou com a parceria do Grupo Circus (Unicamp) e o apoio do Cirque du Soleil. O encontro acadêmico abriu uma série de atividades, que terá sequência até o dia 14. Entre elas, a realização de oficinas para a formação de educadores e coordenadores pedagógicos regionais, a partir da ótica do Circo Social.

De acordo com o professor da Faculdade de Educação Física (FEF) da Unicamp e coordenador do Grupo Circus, Marco Bortoleto, o objetivo do seminário é aprofundar a discussão em torno do Circo Social. “Nossa expectativa é que a ciência brasileira passe a dar maior relevância ao tema. Existem estudos sobre o Circo Social no país, mas eles ainda são marginais”, explica. Bortoleto destacou que a partir desta terça-feira (10), serão realizadas oficinas voltadas para educadores e coordenadores pedagógicos.

As atividades ocorrerão na sede da Instituição de Incentivo à Criança e ao Adolescente (ICA), em Mogi Mirim (SP). Segundo Maria Isabel Somme, coordenadora da ICA, a ideia é compartilhar a metodologia desenvolvida dentro do conceito Circo Social, de modo a transformar cada núcleo regional que integra a Rede Circo do Mundo Brasil num polo irradiador dos conhecimentos gerados até aqui. Antes da abertura do seminário, artistas circenses fizeram apresentações ao público que participaria do seminário.

Amparada sobre a metodologia do Circo Social, que transforma a arte circense em instrumento para se trabalhar com cidadania, inclusão, diversidade e arte-educação, a Rede Circo do Mundo Brasil nasceu em outubro de 2000. Na época, seis instituições dividiam as mesmas diretrizes em prol de jovens de classes populares: Escola Pernambucana de Circo, Aricirco, Acende/Acess, Grupo Cultural Afro Reggae, Se Essa Rua Fosse Minha e FASE. Atualmente, a Rede é composta por 18 instituições, espalhadas pelas regiões Sudeste, Sul, Centro-Oeste e Nordeste.