Campus Tranquilo recebe estudantes

19/02/2015 - 11:01

Professor Orlando Fontes

A Unicamp se prepara para receber seus alunos nos próximos dias com uma série de ações promovidas pelo Programa Campus Tranquilo, e em parceria, que foram pensadas de modo a tornar suas vidas mais fáceis. Essas ações se sustentam sobre três pilares: a prevenção, a comunicação e o convívio, todos eles com atividades relevantes. Segundo o professor Orlando Fontes Lima Jr., assessor da Coordenadoria Geral da Universidade (CGU) e um dos coordenadores da iniciativa, este programa baseia-se na cultura da paz e na busca de uma maior harmonia no campus, mas sem deixar de manter vivas as atividades acadêmicas. A ideia é transformar os espaços em lugares de convívio e de aprendizagem.

Quando o aluno chegar à Unicamp para iniciar o ano letivo, por exemplo, ele deve encontrar um Setor de Vigilância que irá apoiar a sua vida dentro da Universidade. "Nessa ótica, trabalhamos muito com a esfera da vigilância comunitária e a participação das pessoas e do corpo técnico de vigilantes", relata Orlando Fontes. Esse aluno também encontrará internamente disponibilidade de diversas áreas do campus com rede wi-fi. A meta é, conta José Braga, assessor da CGU e também da organização do Programa Campus Tranquilo, que todo o campus seja coberto com esse sistema.

A Unicamp tem incentivado o uso da Eduroam (Education Roaming), uma rede que pode ser utilizada em várias partes do campus. Trata-se de um serviço de mobilidade global desenvolvido para a comunidade de educação e pesquisa. Por esse meio, estudantes, pesquisadores e equipe das instituições participantes obtêm acesso à internet na rede sem fio de seu campus. Quando visitam as instituições parceiras no Brasil e no exterior, usam a mesma configuração em seu laptop, tablet ou smartphone.

O aluno pode ainda ter no seu celular um aplicativo, chamado Unicamp Serviços, para baixar tanto para Apple como para Androide. Com ele, é possível, pressionando um único botão, ligar para a segurança. Além disso, permite consultar o cardápio do almoço nos restaurantes e o traçado do itinerário das linhas de ônibus.

Especificamente para os ingressantes que ainda não conhecem a Unicamp, esse aplicativo possibilita visualizar um roteiro para chegar a um certo local. A Eduroam pode ser acessada em todo o campus. Onde existir o sinal de wi-fi, é possível estar conectado, revela José Braga.

No eixo de convívio, há algumas atividades culturais buscando este tipo de uso intensivo dos lugares da Universidade. Na primeira semana de março, haverá um dia voltado ao emprego da bicicleta no campus, organizado pelo Coordenadoria de Desenvolvimento Cultural (CDC), em parceria com o Programa Campus Tranquilo. Também duas tendas estarão congregando ações do Sistema de Bibliotecas da Universidade (SBU), que irá até os alunos para mostrar as diversas atividades no campus e ambientar o aluno a esse novo momento. Essa atividade é da SBU em parceria com o Programa Campus Tranquilo. Conheça essa atividade no final deste texto.

Em paralelo, já estão ocorrendo na Unicamp trabalhos de prevenção, os quais devem continuar. “Temos a poda das árvores, para melhorar a visibilidade das pessoas; a troca de algumas lâmpadas, para que o nível de iluminação seja mais efetivo; a designação de pessoas da Prefeitura para circular permanentemente no campus, para identificar problemas e realizar intervenções”, descreve Orlando Fontes. 

Uma outra ação envolve a mudança de perfil da estratégia da Vigilância, que terá um novo visual para suas viaturas e novos uniformes para os profissionais. “Mas o mais importante é que isso se reflita em uma nova postura: fazer vigilância comunitária”, observa o professor. Todas essas iniciativas e posturas, conjuntamente, ressalta o professor, contribuem para deixar o campus tranquilo e ao mesmo tempo 'viva' nos seus aspectos de alegria, de comemoração, de estudo e de aprendizagem. “O início das aulas, com a vinda de novos jovens com seus projetos de vida, é um dos momentos mais bonitos da vida acadêmica e que devemos apoiar”.

Outra ação ainda que está sendo feita pela comissão Trote da Cidadania, em parceria com o Programa Campus Tranquilo, é a revitalização de três pontos de ônibus. Neste início de ano, todas essas atividades constituem as primeiras intervenções. Depois da volta às aulas, virão outras,  com novas intervenções. A proposta é ir a uma região do campus e discutir com determinada comunidade o que pode ser feito para melhorar a vivência naquele local. 

O professor Orlando Fontes salienta que, se tivesse que aconselhar algo para os calouros que estão chegando à Unicamp, daria quatro conselhos. O primeiro é que baixem no celular o aplicativo “Unicamp serviços”, já disponível. O segundo conselho é que anotem na memória do celular o telefone 3521-6000. “Se tiverem algum problema, basta ligarem para esse número, e a segurança irá até vocês. Ela tem um serviço de escolta que acompanha na ronda até o carro”, informa. O terceiro conselho é que eles cadastrem o seu celular ou notebook na rede Eduroam. A quarta dica é que o calouro acesse no facebook o Guia Cultural Unicamp. Ali poderá verificar dinamicamente a agenda dos diversos eventos culturais.


SBU
O SBU, em parceria como Programa Campus Tranquilo, colocará em execução um programa de recepção aos alunos ingressantes no Vestibular deste ano. Só que, ao invés de os jovens se dirigirem a uma de suas bibliotecas, para serem recebidos, quem irá até eles são as bibliotecas que compõem o SBU.

Para isso, está sendo planejada uma ampla atividade que procurará atrair os novos estudantes a fim de conhecer o trabalho que as bibliotecas da instituição desenvolvem. Nos dias 25 e 26 deste mês, haverá uma programação envolvendo 29 bibliotecas e o Arquivo Edgard Leuenroth (AEL) do SBU. Nesses dois dias, cerca de 50 funcionários e voluntários da Unicamp estarão distribuídos em duas tendas localizadas nos Ciclos Básicos 1 e 2, das 9 às 17 horas, à disposição dos calouros. “É que muitos alunos não conhecem a nossa instituição. Vamos ao encontro deles para apresentar o que temos a oferecer”, conta Regiane Alcântara Eliel, coordenadora do SBU da Unicamp.

Mas essa atividade não ficará restrita ao campus de Campinas. Acontecerá na Faculdade de Ciências Aplicadas (FCA) nesses mesmos dias e, na Faculdade de Odontologia de Piracicaba e Faculdade de Tecnologia (FT), em Limeira, no próximo dia 27. O propósito é fornecer informações amplas, não somente acerca das bibliotecas. “Afinal, elas não se prestam apenas a emprestar livros”, diz Regiane. “Os alunos vão à procura de auxílio, conhecimento, cultura e amigos”, completa Maria Helena Segnorelli, diretora de Difusão de Informação da Biblioteca Central “Cesar Lattes” (BC-CL) e coordenadora do grupo de trabalho de recepção aos calouros.

Durante as atividades nas tendas, os estudantes receberão brindes e folderes explicativos sobre o Programa Campus Tranquilo. Também receberão informações sobre a academia ao ar livre, o Conexão Cultural, a parceria da Unicamp com o Instituto Confúcio (em iniciativa recente envolvendo o Brasil e a China na divulgação de atividades culturais, estratégicas e acadêmicas) e demais serviços oferecidos pela instituição. “Queremos que o SBU esteja presente na vida do aluno desde o seu primeiro dia, pois as bibliotecas desempenham um papel sobremodo importante na vida dos estudantes”, afirma Regiane.

As pessoas envolvidas na operação de boas-vindas passarão por um treinamento na BCCL no dia 23, ofertado pelo Centro de Computação (CCUEC), SBU e equipe do programa Campus Tranquilo. Voluntários ainda têm tempo de aderir à atividade. Segundo Regiane, essa é a primeira vez que o SBU vai até o seu público. Essa é uma forma de desmistificar a imagem que se tem de que a biblioteca é um lugar distante e mostrar as diversas possibilidades que ela pode proporcionar ao aluno, que inclui o seu acesso às novas tecnologias ali disponíveis, além dos livros e publicações.

“Hoje com o fácil ingresso às bases de dados de pesquisa, muitos acreditam que a biblioteca perdeu sua função. E isso não é verdade. A nossa missão é atender as pessoas em suas necessidades, pois entendemos que esse é um espaço de acolhimento e de apoio para quem está na Universidade há muitos anos e principalmente para quem está chegando neste momento”, assegura Maria Helena.