Unicamp e Shenyang
assinam cooperação

21/01/2015 - 10:58

A Unicamp e a Shenyang University (China) assinaram na tarde desta terça-feira (20) um convênio guarda-chuva que possibilitará a realização de diferentes ações colaborativas entre as duas instituições. “Embora não tenha sido proposital, é simbólico que assinemos o primeiro acordo de cooperação de 2015 com uma universidade da China, país com o qual queremos estreitar cada vez mais as nossas relações”, afirmou o coordenador-geral da Unicamp, professor Alvaro Crósta.

De acordo com o coordenador-geral, as iniciativas da Unicamp nesse sentido têm se intensificado. Em março, Alvaro Crósta irá à China, onde participará de um evento sobre educação superior e visitará a Beijing Jiaotong University, instituição com a qual a Universidade já mantém parceria. Na sequência, no dia 23 de abril, será inaugurado oficialmente no campus de Campinas o Instituto Confúcio, cujo objetivo é promover o intercâmbio acadêmico, científico e cultural entre Brasil e China.

Segundo o dirigente da Vice-Reitoria Executiva de Relações Internacionais (Vreri) da Unicamp, professor Luis Cortez, o convênio firmado com a Shenyang University permitirá uma série de colaborações. “Num primeiro momento, nós já vislumbramos a oportunidade de estabelecermos acordos de mobilidade de estudantes e docentes entre as duas universidades. Mas outras possibilidades serão estudadas e concretizadas”, disse.

Cortez adiantou, ainda, que brevemente a Vreri lançará um edital exclusivo para promover a mobilidade de estudantes e docentes para universidades chinesas. Durante o encontro, os representantes da Shenyang University demonstraram interesse em estabelecer parcerias com a Unicamp em várias áreas do conhecimento, inclusive nas de Arte e Cultura.

Além de Alvaro Crósta e Luis Cortez, também participaram da reunião representando a Unicamp os diretores Esdras Rodrigues (Instituto de artes) e Peter Schulz (Faculdade de Ciências Aplicadas); o assessor da Vreri, Gustavo Paim Valença; o coordenador associado de Graduação do Instituto de Economia (IE), Bruno Martarello De Conti; e o diretor brasileiro do Instituto Confúcio e docente do IE, Walter Belik.

Comentários

Sobre o acordo assinado entre a Unicamp e a Shenyang University, vale ressaltar que a China é o principal parceiro comercial do Brasil. Segundo o Itamaraty (Ministério das Relações Exteriores, a China é o principal destino das exportações brasileiras. Em 2013, o comércio entre os dois países foi superior a US$ 83 bilhões.
Os governos de Brasil e da China assinaram em julho de 2014, 32 atos de cooperação em diversas áreas como infraestrutura, mineração, comércio, ciência e tecnologia, defesa, energia, educação e aviação civil.
Um crédito de US$ 5 bilhões válidos por três anos do banco chinês Eximbank foi destinado à mineradora Vale, maior exportadora de minério de ferro para a China. Outro acordo prevê a colaboração em projetos ferroviários.
“O balanço [dos negócios entre Brasil e China] não poderia ser mais positivo, e o futuro não poderia ser mais promissor. Nossas relações, que configuram uma parceria verdadeiramente estratégica, desenvolvem-se com velocidade inédita em diversas áreas de cooperação”, disse a presidente Dilma Roussef após a assinatura dos acordos.
Portanto, a UNICAMP deu mais um passo importante no campo da cooperação internacional, firmando um pacto com aquela que, brevemente, será a maior economia do planeta, superando a dos Estados Unidos.
A cooperação certamente contribuirá para que os alunos da UNICAMP tenham mais oportunidades de qualificação técnico-científica, elevando o patamar acadêmico do Brasil.

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