Universidades discutem
sobre fontes de renda

29/09/2014 - 16:12

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Tadeu Jorge abre o encontro internacional

Tadeu Jorge abre o encontro internacional

Teresa Atvars, organizadora do evento

Teresa Atvars, organizadora do evento

Grassiotto, vice-reitor de Administração

Grassiotto, vice-reitor de Administração

Luis González, diretor do Cinda

Luis González, diretor do Cinda

A Unicamp está recebendo na segunda e terça-feira perto de 20 convidados, a grande maioria do exterior, para o 10º Encontro Internacional de Pró-Reitores de Administração e Finanças da Rede de Universidades Cinda, organizado pela Pró-Reitoria de Desenvolvimento Universitário (PRDU). Estão programadas palestras, apresentações e mesas de debates em torno do tema “Diversificação das fontes de renda nas universidades”, na Casa do Professor Visitante. 

O Cinda (Centro Interuniversitario de Desarrollo) é uma instituição acadêmica fundada há mais de 30 anos, voltada especialmente a políticas e gestão universitária, sendo presidida atualmente pelo professor José Tadeu Jorge, reitor da Unicamp. O Centro conta com 40 membros da Argentina, Brasil, Bolívia, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, Espanha, Itália, México, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana, Uruguai e Venezuela. São instituições que figuram entre as mais prestigiosas em seus países e têm interesse explícito pela internacionalização de suas atividades. 

Ao abrir o 10º Encontro de Pró-Reitores de Administração, Tadeu Jorge lembrou que quando a Unicamp passou a integrar o Cinda, foi ele quem participou das reuniões iniciais na condição de chefe de Gabinete da Reitoria. “Nosso grande interesse em participar do Cinda se devia, em parte, à similaridade das universidades que compunham à rede e por serem referências na Ibero-América. Mas também porque o Cinda estudava as metodologias das relações universidade-empresa, tema que na época estava na pauta principal da Unicamp.” 

De acordo com o reitor, a ligação com o Cinda e os projetos executados durante a década de 1990 e princípio dos 2000 foram fundamentais na construção, pela Universidade, das atividades de apoio e viabilização das relações entre universidade e empresa. “Entretanto, não podemos esquecer em nenhum momento que nossa ação mais fundamental é a formação de profissionais qualificados e preparados para o mercado. Ao lado das questões acadêmicas, o Cinda sempre se preocupou com o suporte a essas atividades, com base na gestão mais aperfeiçoada possível, acabando por gerar a necessidade de debates e trocas de experiências nessa rede de vice-reitores.” 

A professora Teresa Atvars, pró-reitora de Desenvolvimento Universitário, que concedeu breve palestra sobre os aspectos administrativos da Unicamp, explicou que o Cinda promove reuniões periódicas por segmentos, como esta sobre administração e finanças, que no ano passado ocorreu no Panamá. “O importante é a troca de experiências tanto em gestão como na administração dos recursos da universidade. Vou mostrar aos outros pró-reitores como a Unicamp está estruturada e como a universidade pública é diferente no Brasil, a começar pelo impedimento de cobrar mensalidades como em seus países.” 

Para o professor Oswaldo Grassiotto, que está à frente da Vice-Reitoria de Administração (Vrea), o tema central do evento, o financiamento e as alternativas de financiamento, também não se aplica muito às universidades públicas brasileiras, mas é importante para as demais instituições latino-americanas. “Para nós, vai ser um aprendizado bastante interessante. Por outro lado, temos a nossa experiência na questão da gestão pública, da permanência escolar, do financiamento da pesquisa e da transferência do conhecimento para a sociedade, que será igualmente interessante para eles. Faremos um intercâmbio muito bom.” 

O professor Luis Eduardo González, diretor da Área de Política e Gestão do Cinda, fez uma apresentação do Centro e das atividades da rede de vice-reitores de Administração e Finanças. “Gostaria de destacar três pontos que caracterizam o Cinda: o estilo de trabalho direto, eficiente e sem burocracia, no tipo de relação que vem sendo executado; o esforço efetivo de interconexão entre as universidades membros; e o terceiro aspecto, e talvez o mais importante, que é o compromisso demonstrado pelas instituições, pois o que temos feito é dar apoio e distribuir o trabalho entre os membros.”