Quatro docentes da Unicamp
concorrem ao Prêmio Jabuti

24/09/2014 - 15:30

Quatro professores da Unicamp, Aloisio Ernesto Assan, Marcos Siscar, Mário Augusto Medeiros da Silva e Walquíria Domingues Leão, estão entre os dez finalistas da primeira fase do 56º Prêmio Jabuti, o mais importante da literatura brasileira, nas categorias Ciências Exatas, Tecnologia e Informática, Teoria/Crítica Literária e Ciências Humanas.

Assan, docente aposentado da Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo (FEC), é autor do livro “Resistência dos materiais – vol. 2”, publicado pela Editora da Unicamp. Siscar, professor do Instituto de Estudos da Linguagem (IEL), é autor de “Jacques Derrida: Literatura, Política e Tradução”, editado pela Autores Associados. Silva concorre pela obra “A descoberta do insólito: literatura negra e literatura periférica no Brasil (1960-2000)”, produzida pela Editora Aeroplano. Já Walquíria Leão é coautora do livro “Vozes do Bolsa Família”, da Editora da Unesp.

A apuração da segunda fase, marcada para 16 de outubro, avaliará e atribuirá notas a todas as obras selecionadas da etapa inicial. Os três livros que receberem as maiores pontuações dos jurados serão considerados vencedores em suas categorias, em primeiro, segundo e terceiro lugar. A cerimônia de entrega do Prêmio Jabuti 2014 será realizada em 18 de novembro, no Auditório Ibirapuera, em São Paulo.

Os autores

Aloisio Ernesto Assan é engenheiro civil formado pela EESC–USP. Aposentou-se como professor titular do Departamento de Estruturas da FEC-Unicamp. Foi diretor associado dessa faculdade entre 1994 e 1998. Ministrou aulas nas disciplinas resistência dos materiais e método dos elementos finitos. Publicou pela Editora da Unicamp os seguintes livros: Métodos energéticos e análise estrutural (1999), Método dos elementos finitos: primeiros passos (3a ed., 2010) e Resistência dos materiais, vol. 1 (2010).

Marcos Siscar é professor da Unicamp, tradutor e poeta. Sua tese de doutorado (Jacques Derrida. Rhétorique et Philosophie), defendida na Universidade de Paris 8, foi publicada em 1998 (L’Harmattan). Desenvolveu estudos de pós-doutorado sobre Baudelaire e Mallarmé, com a supervisão de Jacques Derrida e Michel Deguy. Tem publicado trabalhos sobre temas relacionados à poesia moderna e contemporânea. Como tradutor, publicou obras de Tristan Corbière (Iluminuras, 1996), Michel Deguy e Jacques Roubaud (Cosac Naify, 2004 e 2006), entre outras.

Mário Augusto Medeiros da Silva é docente do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH). Tem experiência na área de Sociologia, com ênfase em Teoria Sociológica, atuando principalmente nos seguintes temas: Pensamento Social Brasileiro, Literatura e Sociedade, Intelectuais Negros. Recebeu, em 2013, o Prêmio para Jovens Cientistas Sociais de Língua Portuguesa, do Centro de Estudos Sociais, da Universidade Coimbra.

Walquíria Domingues Leão é professora titular de Teoria Social do IFCH. Tem experiência na área de sociologia politica, pesquisas em teoria da cidadania e trabalhou muito tempo na área da Sociologia das Ideias Políticas, atuando principalmente nos seguintes temas: democracia, crise, capitalismo, institucionalização politica e ideologia.

História

A história do Prêmio Jabuti começa por volta de 1958, período repleto de desafios para o mercado editorial, com recursos escassos e baixa articulação do segmento. Apesar das adversidades, não faltava entusiasmo aos dirigentes da Câmara Brasileira do Livro (CBL). As discussões foram comandadas pelo então presidente da entidade, Edgar Cavalheiro, e pelo secretário Mário da Silva Brito – dois intelectuais e estudiosos da literatura brasileira –, além de outros membros da diretoria do biênio 1955-1957 interessados em premiar autores, editores, ilustradores, gráficos e livreiros que mais se destacassem a cada ano.

Essas discussões ganharam forma na diretoria seguinte, de 1957-1959, presidida por Diaulas Riedel, a quem coube a confirmação da escolha da figura do jabuti para nomear o prêmio e a realização de concurso para a confecção da estatueta, vencido pelo escultor Bernardo Cid de Souza Pinto.

A primeira premiação ocorreu também na gestão do presidente Diaulas Riedel. No final do ano de 1959, em solenidade simples e despretensiosa, realizada no auditório da antiga sede da CBL na Avenida Ipiranga, foi feita a entrega do primeiro Prêmio Jabuti. Um dos ganhadores foi Jorge Amado, na categoria Romance, pela obra “Gabriela, Cravo e Canela”. A Saraiva ganhou o prêmio de Editora do Ano.