O Colégio Técnico de Campinas (Cotuca), pertencente à Unicamp, ganhará um prédio definitivo, que será construído no campus da Universidade, no distrito de Barão Geraldo. A decisão foi tomada na manhã desta terça-feira (16), após reunião entre o chefe de Gabinete da Reitoria, professor Paulo Cesar Montagner, diretores do Cotuca e representantes do Grupo Gestor de Obras (GGO). O novo prédio, que terá cerca de 10 mil metros quadrados de área construída, será erguido em um terreno também de 10 mil metros quadrados, localizado próximo à antiga guarita da entrada da PUC-Campinas.

De acordo com a diretora do Cotuca, professora Teresa Celina Meloni Rosa, o projeto arquitetônico do novo prédio está em análise. Ela explica que uma das ideias é utilizar uma experiência de construção já adotada pela Universidade, o que conferirá maior agilidade ao processo e permitirá que o prédio seja executado de acordo com as necessidades específicas do colégio. “Além de abrigar laboratórios e salas de aula, o edifício também contará com área de convívio, estacionamento, quadras poliesportivas e soluções de acessibilidade”, adianta a docente.

Alan César Ikuo Yamamoto, diretor-associado do colégio, destaca que a nova sede permitirá a melhor acomodação da estrutura atual do Cotuca e também abrirá perspectivas para a ampliação das atividades. “No antigo prédio, nós estávamos engessados, em virtude da falta de espaço. Com o novo prédio, teremos condições de executar projetos de criação de novos cursos, entre outras ações”, diz o professor.

Conforme a diretora administrativa do Cotuca, professora Vanessa Petrilli Bavaresco, parte dos recursos necessários às obras, no montante de R$ 6 milhões, já está reservada. Esse dinheiro seria empregado na construção de um edifício anexo à antiga sede do Cotuca, situado à Rua Culto à Ciência, no Centro de Campinas. Atualmente, este prédio, que é tombado como patrimônio histórico e arquitetônico, está interditado. “O prédio passa por estudos de restauro, mas várias medidas de preservação da sua estrutura já foram adotadas pela Universidade”, esclarece.

Em fevereiro de 2014, com a interdição da sua sede original, o Cotuca transferiu suas atividades para o campus de Barão Geraldo. Em agosto, o colégio mudou novamente de endereço, dessa vez para um imóvel alugado pela Unicamp, localizado no bairro do Taquaral. Atualmente, o Cotuca conta com cerca de 2 mil alunos matriculados. São oferecidas 13 carreiras, que perfazem 21 diferentes opções, levando-se em consideração que alguns cursos são oferecidos em três períodos distintos.

História

O Cotuca funcionou por mais de quatro décadas em um prédio doado em testamento por Bento Quirino dos Santos, vereador e abolicionista, que já previa a instalação de uma escola técnica no local. O edifício é tombado tanto pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Artístico e Cultural de Campinas (Condepacc) quanto pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat) do Estado de São Paulo, em razão do seu valor arquitetônico e histórico.

A Unicamp instalou seu colégio técnico ali em 1967, oferecendo inicialmente os cursos de Mecânica, Eletrotécnica e Alimentos, todos no período diurno. Em 1971, foi implantado o curso de Enfermagem diurno e, em 1973, os de Processamento de Dados diurno e Eletrotécnica e Mecânica, ambos no período noturno. Em 1978, o Cotuca passou a oferecer, à noite, cursos sequenciais para portadores de diploma de Segundo Grau (atual Ensino Médio), de Técnico em Mecânica e Eletrotécnica.

Hoje, o Cotuca oferece os seguintes cursos técnicos: Alimentos, Eletroeletrônica, Enfermagem, Informática, Informática para Internet, Mecatrônica, Plásticos, Meio Ambiente, Segurança do Trabalho e Telecomunicações. Na área de especialização técnica, são oferecidos os cursos de Automação Industrial, Equipamentos Biomédicos, Gestão pela Qualidade e Produtividade e Projetos Mecânicos Assistidos por Computador.