Unicamp recebe visitas de delegações
dos EUA, Hong Kong e Portugal

29/08/2014 - 14:58

Três delegações internacionais visitaram a Unicamp nesta semana. Representantes da The City University of Hong Kong (China), da Johns Hopkins University (EUA) e do Instituto Politécnico Castelo Branco (Portugal) estiveram reunidos com dirigentes e docentes da Universidade, para tratativas objetivando o estabelecimento de cooperações bilaterais nas áreas científica e acadêmica.

Na manhã desta sexta-feira (29), a delegação portuguesa encontrou-se com o coordenador-geral da Unicamp, professor Alvaro Crósta, e com o assessor da Vice-Reitoria Executiva de Relações Internacionais (Vreri), professor Max Machado Costa. Integraram a comitiva estrangeira o reitor e o vice-reitor do Instituto Politécnico Castelo Branco, Carlos Maia e José Gonçalves, respectivamente, bem como o presidente da Câmara Municipal do Fundão [equivalente ao cargo de prefeito no Brasil], Paulo Fernandes.

Tanto Maia quanto Fernandes manifestaram a intenção de estreitar relações com a Unicamp, principalmente em relação ao desenvolvimento de pesquisas conjuntas nos segmentos de biotecnologia e ciência da computação. Em fevereiro último, o Centro Pluridisciplinar de Pesquisas Químicas, Biológicas e Agrícolas (CPQBA) firmou convênio com o Instituto Politécnico Castelo Branco, com duração de cinco anos, para a execução de estudos colaborativos em biotecnologia.

Um dos resultados da parceria será a instalação, até março de 2015, do primeiro Centro de Biotecnologia em Portugal, no campus do Instituto Politécnico. Segundo o biólogo Marcos Nopper Alves, coordenador da Divisão de Agrotecnologia do CPQBA, a gestão da unidade será compartilhada. O objetivo do Centro é impulsionar o setor agroalimentar português, por meio da geração de novas tecnologias a partir de plantas com potencial medicinal e energético.

“Temos muito interesse nesse tipo de colaboração, principalmente porque poderemos exportar o know-how desenvolvido pelo CPQBA. Além disso, nossa expectativa é de que esta primeira parceria pavimente novas colaborações, inclusive com o intercâmbio de docentes, estudantes e pessoal técnico-administrativo”, considerou Alvaro Crósta. O reitor do Instituto Politécnico Castelo Branco informou que pedirá que as áreas de relações internacionais das duas instituições comecem a elaborar uma proposta de convênio guarda-chuva que permita a concretização de futuras parcerias.

Hong Kong
Composta pelos professores David Cheng, Saroj Siegler e Alice Yeung, a representação da The City University of Hong Kong reuniu-se com a pró-reitora de Pós-Graduação, professora Rachel Meneguello; com o assessor da Vreri, professor Gustavo Paim Valença; com a assessora da Vreri e coordenadora do Programa Ciência sem Fronteiras na Unicamp; professora Laura Sterian Ward; e com dirigentes dos colégios técnicos de Campinas e de Limeira.

A comitiva da Hong Kong veio retribuir uma visita que Laura Ward e Gustavo Valença fizeram em julho, oportunidade em que ambos passaram 20 dias percorrendo universidades de Xangai e Hong Kong. “Esta universidade nos interessou muito por ser muito parecida com a nossa, com uma vantagem: todos os cursos são oferecidos em inglês. Estamos em negociações bem concretas para estabelecer um acordo para intercâmbio de estudantes de graduação, de pós-graduação e de pesquisadores”, afirmou Laura Ward.

Segundo o professor Gustavo Valença, a The City University of Hong Kong também está interessada em atrair estudantes brasileiros para seus cursos de graduação. “O governo de Hong Kong tem um programa cuja meta é fazer com que 20% dos alunos do ensino superior local sejam estrangeiros. Como contam com pouquíssimos estudantes da América do Sul, eles vieram ao Brasil para apresentar aos nossos jovens a oportunidade de fazer a formação por lá”, detalha Valença.

A terceira visita internacional da semana foi do diretor da Escola de Negócios da Johns Hopkins University, Michael Joseph Cuneo. Ele veio ao Brasil basicamente para divulgar um programa de MBA condensado oferecido pela instituição norte-americana. Enquanto os MBAs convencionais têm duração de dois anos, o condensado dura somente um ano. “A Escola de Negócios de Johns Hopkins está mais interessada em atrair profissionais que já estão no mercado para o programa. De toda forma, o contato foi importante, pois abrimos um canal de conversação sobre eventuais parcerias científicas e acadêmicas”, pontuou o professor Valença, que esteve reunido com Michael Cuneo.