Uma orquestra sinfônica do Estado de São Paulo vai tocar em uma universidade pública de Belo Horizonte. Um grupo de teatro de Belo Horizonte apresenta uma peça numa universidade de Vitória, no Espírito Santo. Um artista plástico de Espírito Santo faz, por sua vez, uma exposição em uma universidade do Rio de Janeiro e assim sucessivamente. Os exemplos - usados pelo pró-reitor de Extensão e Assuntos Comunitários da Unicamp, João Frederico da Costa Azevedo Meyer, dimensionam a concepção do Projeto Corredor Cultural, cuja implementação está sendo discutida em seminário aberto na tarde desta terça-feira (19) no Centro de Convenções da Unicamp. 

O evento, organizado pela Unicamp e Fórum de Pró-Reitores de Extensão (Foproex), promove até quinta-feira (21) uma série de atividades, como mesas de debate, fóruns de discussão e intervenções abordando a temática da cultura e suas interfaces com a extensão universitária. A ideia, conforme o pró-reitor da Unicamp, é servir como um ponto de partida para o Corredor Cultural, iniciativa que busca estimular a circulação de projetos artístico e culturais produzidos em universidades públicas e institutos federais da região Sudeste.

“É a primeira vez que este seminário acontece na região sudeste. Na reunião do Fórum de Pró-reitores em Ouro Preto, realizada no ano passado, ficou acertado que uma universidade deveria se oferecer para sediar o seminário visando discutir este projeto denominado Corredor Cultural. Este evento que a Unicamp sedia é, portanto, um ponto de partida para tal iniciativa. Além das apresentações artísticas e culturais, nós iremos discutir como implementar e financiar este projeto”, explicou João Meyer. 

Para a presidente do Forproex e pró-reitora de Extensão e Cultura da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Regina Lúcia Monteiro Henrique, a previsão é que o projeto Corredor Cultural inicie-se em 2015. Ela salientou a importância do projeto durante o evento na Unicamp. “A área temática da cultura no âmbito da extensão é bastante rica. Quase todas as pró-reitorias das universidades públicas são responsáveis também pela gestão da cultura, dos espaços e equipamentos culturais das universidades. E desta forma, as universidades através da produção, difusão da cultura e do diálogo com outros produtores culturais e sociedade, permitem o enriquecimento dos processos de formação e produção do conhecimento”, falou. 

A abertura do evento também contou com a participação da coordenadora do Forproex regional, Ana Catarino Perez Dias, docente da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, localizada em Teófilo Otoni, em Minas Gerais. Após a abertura do Seminário, houve uma intervenção artística realizada pela professora da Faculdade de Educação, Marcia Strazzacappa, que interpretou uma personagem denominada Dona Clotilde. A programação completa do evento está disponível no endereço.