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Ingressantes das Engenharias projetam relógio de sol para a Faculdade

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Thiago e seu grupo apresentam projeto para os professores Arguello (centro), Cristiano Torezzan e Mariana Costa

Texto e fotos | Cristiane Kämpf 

Alunos do primeiro ano dos cursos de Engenharia de Produção e Engenharia de Manufatura da FCA desenvolveram um projeto para construção de um relógio de sol que, se aprovado, será realmente construído. O relógio deve compor a identidade visual da Faculdade e será uma marca física que os próprios estudantes deixarão na história da instituição. Os grupos de alunos prepararam as maquetes durante as aulas da disciplina de Introdução à Engenharia e as diferentes propostas foram analisadas também por Carlos Alfredo Arguello, ex-diretor e professor do Instituto de Física da Unicamp por trinta anos.

Arguello, que também é astrônomo e navegador, dedica-se há mais de 20 anos a pesquisar diferentes relógios de sol pelo mundo e foi convidado pelo Professor Cristiano Torezzan e Professora Mariana Costa para conceder uma palestra sobre o assunto para os alunos da Faculdade. "Existem inúmeras formas de se construir um relógio de sol e a tarefa pode envolver cálculos complexos, apesar de ser aparentemente simples", diz ele.

A ideia, conforme explicam Mariana e Cristiano, é propor a construção de algo que exija dos alunos a aplicação prática de conceitos trabalhados em aula. Tiago Vistoca, aluno de Engenharia de Produção, conta que teve que pesquisar bastante para realizar o projeto que apresentou com mais quatro colegas, inclusive um aluno de Administração de Empresas que escolheu a disciplina de engenharia como optativa. "Fizemos um trabalho de pesquisa sobre o funcionamento exato de um relógio de sol e estudamos as equações envolvidas no processo. Sempre gostei de astronomia e a ideia de usar este conhecimento para colocar em prática um projeto de engenharia é muito interessante", conta.

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                 Denise (de rosa) e seu grupo apresentam projeto de relógio de sol interativo

 

O grupo levou cerca de três semanas para construir a maquete e elaborar o projeto, que incluiu estudo sobre os materiais adequados para a construção, indicação de fornecedores, custos e análise dos aspectos físicos da área onde o relógio poderia ser instalado. Denise Fernandes Pretel e seu grupo consideraram complexo o processo de pesquisa prévio à construção da maquete. "Tivemos que pesquisar tudo: como seria a construção, design do projeto, materiais necessários, mão-de-obra, custos e cálculos geométricos de acordo com a latitude da cidade de Limeira que está localizada um pouco acima do trópico de capricórnio". Eles confeccionaram a maquete de um relógio de sol analemático, ou seja, no qual a própria pessoa precisa interagir com a construção e se posicionar corretamente para que sua sombra indique o horário correto.

No total foram 24 grupos (120 alunos) envolvidos na atividade. Para o Professor Arguello, vários deles realmente se dedicaram à pesquisa e, no geral, se saíram bem. "Esta é uma prática que tem como objetivo prepará-los para a atuação no mercado de trabalho e elaboração de projetos profissionais", explicou Mariana Costa.

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               Vinte e quatro projetos foram apresentados no total            Prof. Arguello analisa a maquete do relógio de sol analemático