Unicamp lidera criação
da Agropolis de Campinas

22/05/2014 - 15:25

Unicamp, Prefeitura de Campinas, Techno Park Campinas e Agropolis Internacional assinaram na manhã desta quinta-feira (22), no campus da Universidade, uma carta de intenção para a criação do futuro Polo Agropolis Campinas. A plataforma, que tem por objetivo estimular a cooperação científica e tecnológica entre instituições de ensino e pesquisa e o setor produtivo, será inspirada em modelo semelhante instalado na cidade de Montpellier, na França. “Este é um passo significativo para a constituição da Agropolis de Campinas. A cidade já tem uma forte vocação em pesquisa e produção na área agroalimentar, mas faltava uma interação mais profunda entre as instituições e empresas que compõem o segmento”, afirmou o coordenador-geral da Universidade, professor Alvaro Crósta, que representou o reitor José Tadeu Jorge na cerimônia de assinatura do documento.

Além de Crósta, participaram da reunião o vice-prefeito de Campinas, Henrique Magalhães Teixeira; o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Social e Turismo; Samuel Rossilho; o diretor do Techno Park e cônsul honorário da França em Campinas, José Luiz Guazzelli; o diretor da Agropolis Internacional, Eric Fargeas; a pró-reitora de Pesquisa da Unicamp, Gláucia Pastore; e o assessor da Vice-Reitoria Executiva de Relações Internacionais (Vreri) da Universidade, José Pissolato Filho. Na oportunidade, Guazzelli explicou que a futura Agropolis de Campinas atuará nos moldes da Agropolis Internacional, associação cuja sede é em Montpellier.

Fundada em 1986, ela funciona como uma plataforma científica voltada às características e interesses das regiões Mediterrânea e Sul da França. “A Agropolis Internacional promove a união de competências nas áreas científica e fomenta a transferência de tecnologias ao setor privado, de modo a favorecer o desenvolvimento da inovação”, explicou. As suas grandes áreas de atuação são agricultura, alimentação, biodiversidade e meio ambiente. Conforme Eric Fargeas, a entidade conta com recursos da ordem de 2 milhões de euros por ano, apenas para a manutenção da sua estrutura. As pesquisas são executadas com financiamentos específicos. “Estamos à disposição para apoiar a Agropolis de Campinas no que for possível”, anunciou.

Além das instituições signatárias da carta de intenções, adiantou Guazzelli, a Agropolis de Campinas deverá contar também com a participação do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), Instituto Biológico (IB), Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), entre outros. Ao Techno Park caberá a tarefa de fazer a aproximação das empresas com as instituições de pesquisa. “No foco da atuação de todos esses atores estará o desenvolvimento de Campinas e região. Vale destacar, porém, que não queremos o desenvolvimento a qualquer custo. O primeiro pressuposto que defendemos é o do crescimento sustentável, com respeito ao ambiente”, assegurou.

O vice-prefeito de Campinas destacou a importância da iniciativa da criação da Agropolis local. De acordo com Henrique Magalhães Teixeira, os resultados a serem obtidos pela cooperação entre centros de pesquisa e iniciativa privada trarão benefícios para a cidade e para as próprias instituições envolvidas. O coordenador-geral da Unicamp informou que o próximo passo deverá ser a formalização do convite para que as instituições estaduais e federal integrem a Agropolis. “Esse contato já está sendo feito pelo reitor Tadeu Jorge. Esperamos que na próxima reunião nós já possamos contar com a participação desses atores e, quem sabe, assinar o acordo de criação da plataforma”.