Estudantes
da Unicamp
vencem
Hackatona
da CET

04/04/2014 - 10:35


Cinco alunos da Unicamp, quatro do curso superior de Midialogia e um do Colégio Técnico (Cotuca), foram os vencedores da Hackatona (maratona hacker) organizada pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) de São Paulo. Os estudantes receberam R$ 10 mil e mais um vaucher de US$ 1 mil da Amazon Web Services por terem desenvolvido um aplicativo que funciona como um veículo de comunicação entre pedestres e motoristas. Batizada de “Como estou dirigindo?”, a ferramenta permite que os primeiros avaliem o desempenho dos segundos, por meio de reclamações ou elogios. Os avaliados podem, caso reconheçam alguma imprudência, pedir desculpas pela barbeiragem.

A equipe da Unicamp, intitulada “Mil Diálogos”, é composta por Amanda Leticia, Gui Bueno, Jean Marcel Camargo, Leonardo Cabral e Tales Bicudo. De acordo com os estudantes, a ideia de criar o aplicativo nasceu da experiência deles, quase sempre arriscada, como pedestres. “Nosso objetivo foi oferecer aos pedestres um espaço seguro para dar vasão às suas opiniões e, mais que isso, que garantisse que estão sendo ouvidos”, explica Amanda Letícia.

O aplicativo, conforme Gui Bueno, foi desenvolvido para o sistema Android e funciona de forma bastante simples e bem-humorada. Ao presenciar um motorista cometendo alguma irregularidade, por exemplo, basta que o usuário digite no celular ou tablet a placa do veículo, seguida de uma hashtag que expresse a sua opinião. “Nós criamos 40 hashtags, divididas em quatro categorias: estacionamento, direção perigosa, elogios e manutenção”, acrescenta Leonardo Cabral.

Assim, estão disponíveis, entre outras, a #BenjaminButton, que se refere a pessoas que não são idosas, mas que estacionam em vagas de idosos; a #Alfaiate, relacionada a quem costura no trânsito, a #ChegaDeFiuFiu, dirigida a quem passa cantadas machistas enquanto dirige, e #Didático, voltada a quem auxilia a travessia do pedestre com gestos e movimentos claros de instrução. “Depois de escolhida a hashtag, o sistema envia, via 3G, os dados, a localização do GPS e o horário da avaliação”, diz Jean Camargo.

Segundo Tales Bicudo, todas as informações geradas são sigilosas. “Ou seja, protegemos tanto a privacidade dos pedestres quanto dos motoristas. A comunicação entre eles acontece de forma indireta e segura”, garante. Questionados se tiveram que vencer alguma dificuldade específica para criar a ferramenta, os estudantes da Unicamp e do Cotuca disseram que o maior desafio foi projetar e criar um aplicativo com as características descritas em apenas 28 horas. A principal expectativa dos integrantes da equipe “Mil Diálogos”, a partir de agora, é viabilizar o uso do “Como estou dirigindo?” até o final de abril.