Conexão Cultural Unicamp é aberta
com boa música para tornar-se etérea

20/03/2014 - 13:19

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Andréia Preta: repertório feminino e feminista

Andréia Preta: repertório feminino e feminista

Edinho e a música curtida por gerações passadas

Edinho e a música curtida por gerações passadas

Futuras atrações serão de artes cênicas e circenses

Futuras atrações serão de artes cênicas e circenses

Boa música e dança na Praça do Ciclo Básico

Boa música e dança na Praça do Ciclo Básico

Alvaro Crósta e João Meyer abrem a festa

Alvaro Crósta e João Meyer abrem a festa

Um público composto em sua maioria de estudantes foi se aglomerando rapidamente na Praça Central do Ciclo Básico, no final de tarde da quarta-feira (19), para a festa musical de abertura do Projeto Conexão Cultural Unicamp, criado para promover a vivência e integração da comunidade universitária nos diversos espaços do campus por meio de uma programação de atividades artísticas, esportivas e recreativas. A organização da Conexão Cultural é da Coordenadoria de Desenvolvimento Cultural (CDC), vinculada à Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários (Preac), e faz parte do Programa Campus Tranquilo, que está sendo implantado pela Coordenadoria Geral da Universidade (CGU). 

O show ficou por conta de Andréia Preta e de Edinho Tio Beiço com o Grupo Quatro Bambas. “Andreia é uma artista eclética que imprime a marca do seu talento em repertórios de música regional nordestina, latino-americana, pop-rock e MPB, destacando-se também como intérprete do samba. Ela sempre conta nossos músicos do Instituto de Artes em suas apresentações e, por isso, a consideramos  uma artista parceira da casa”, anunciou Margareth Vieira Junqueira, coordenadora da CDC. 

Antes da sua apresentação, Andréia Preta disse que, sendo março o mês das mulheres, havia escolhido um repertório “bem feminino e um pouco feminista, para não deixar de cutucar os homens”. “Falando em feminino, é claro que temos Chico Buarque, um dos compositores mais femininos que existem. Temos Luiz Gonzaga, que apesar de ser de uma época e de uma região machista, cantava uma música sobre as mulheres, as abelhas e o amor: ‘Minha Fulô’. Também escolhi músicas de Clementina de Jesus consagradas por vozes como de Clara Nunes e Elizeth Cardoso. E, para mostrar um pouco da chantagem que a mulher sabe fazer como ninguém, Luiz Tatit e Dante Ozzetti.” 

Edinho Tio Beiço foi apresentado pela coordenadora da CDC como um instrumentista de respeito e muito requisitado, cantor de personalidade que coloca seu talento e técnica a serviço de vários projetos musicais na região de Campinas e em São Paulo. No repertório que ele selecionou para a Conexão Cultural, clássicos do samba e do choro. “Entre as músicas que selecionei estão as de Chico Buarque, Roberto Ribeiro, compositores da Serrinha e Adoniran Barbosa. Embora não tenha vínculo direto com a Unicamp, já toquei aqui e em outras universidades como a USP. Acho muito bacana introduzir entre os jovens a música que era curtida por gerações passadas.” 

Segundo Carmen Lúcia Rodrigues Arruda, a Malu, supervisora de Ação Cultural da CDC, este projeto vai incluir na agenda apresentações de dança, teatro, artes circenses e ginásticas. “Este show musical é piloto, mas já temos um espetáculo de artes cênicas marcado para 15 de abril e outro de artes circenses para maio. O objetivo é que os eventos se tornem semanais já no segundo semestre, pois público se atrai com a constância. Queremos mostrar que CDC não é a sigla para Centro de Convenções, como a maioria pensa. E que o Conselho de Desenvolvimento Cultural, criado em 2006, foi finalmente implantado para montar uma política cultural para a Universidade.” 

O professor João Frederico Meyer, pró-reitor de Extensão e Assuntos Comunitários, agradeceu o esforço da equipe da CDC e a ajuda da CGU para o lançamento do Projeto Conexão Cultural. “Toda vez que nos sentamos para pensar a vocação da Preac, colocamos a cultura como prioridade. Estamos contentes com este evento, mas é inevitável certo nervosismo quando queremos que ele seja ótimo para criar um público. Nosso sonho é que este projeto seja como o gás: onde houver espaço, ele ocupa; temos que imaginar uma Conexão Cultural ‘gasosamente’ etérea.” 

Reuniões do Campus Tranquilo
Prestigiando o espetáculo musical, o professor Alvaro Crósta, coordenador-geral da Unicamp, falou sobre o andamento da implantação do Programa Campus Tranquilo, em cujo âmbito se encontra o Projeto Conexão Cultural. Estão sendo promovidas reuniões para discutir o programa em todas as unidades, e as próximas serão na Faculdade de Engenharia Química (FEQ), às 10 horas desta sexta-feira; no Instituto de Biologia (IB), às 10 horas do dia 24; e no Instituto de Geociências (IG), às 14h30 do dia 26. 

“O Campus Tranquilo visa o bem-estar, a convivência e a segurança na Unicamp, baseado no conceito de cultura da paz, como queremos que seja a nossa vida no campus”, salientou o coordenador-geral da Universidade. Estamos percorrendo as unidades para expor os detalhes e sobretudo para colher sugestões, já que não se trata de um programa acabado: há ações encaminhadas por serem consensuais, como por exemplo, a cobertura dos campi por câmeras de vídeo, a melhoria da iluminação nos pontos necessários e a intensificação da poda de árvores.” 

Alvaro Crósta informa que duas decisões já tomadas e bem recebidas pela comunidade são a implantação de um atendimento de urgência e emergência através de uma viatura interna; e um convênio com o Corpo de Bombeiros para instalação de uma base em área cedida no campus, mas que atenderá também a uma reivindicação antiga da população de Barão Geraldo, que não possui uma unidade no distrito. “Outra ideia se refere ao treinamento dos vigilantes, começando por um curso de primeiros socorros, a fim de capacitar esses profissionais para atender às nossas necessidades internas. Também está decidido que teremos totens equipados com botões de emergência, câmeras e sirenes instalados em vários pontos da Universidade, funcionando 24 horas.”