Unicamp inaugura Laboratório
de Caracterização de Biomassa

25/11/2013 - 19:40

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Reitor Tadeu Jorge descerra placa do Laboratório de Caracterização de Biomassa

Reitor Tadeu Jorge descerra placa do Laboratório de Caracterização de Biomassa

Laboratório de Caracterização de Biomassa

Laboratório de Caracterização de Biomassa

Solenidade de inauguração do Laboratório de Caracterização de Biomassa

Solenidade de inauguração do Laboratório de Caracterização de Biomassa

José Tadeu Jorge, reitor da Unicamp

José Tadeu Jorge, reitor da Unicamp

Carlos Montagna, diretor de produção e exploração da Shell

Carlos Montagna, diretor de produção e exploração da Shell

A professora Maria Aparecida Silva, uma das idealizadoras do espaço

A professora Maria Aparecida Silva, uma das idealizadoras do espaço

A Unicamp inaugurou no final da tarde desta segunda-feira (25) o Laboratório de Caracterização de Biomassa, que foi construído e parcialmente equipado com recursos da Shell Brasil Petróleo Ltda. Ao todo, a companhia investiu R$ 7,9 milhões. A unidade abrigará também o Laboratório de Recursos Analíticos e de Calibração (LRAC), que funcionava anteriormente nas dependências da Faculdade de Engenharia Química (FEQ). O novo laboratório prestará serviços de análises para docentes e pesquisadores da Universidade e para clientes externos, mediante agendamento. "Vamos oferecer uma infraestrutura única de pesquisa", afirmou a professora Maria Aparecida Silva, uma das idealizadoras do espaço.

Emocionada, a docente lembrou o longo caminho percorrido até a inauguração do laboratório, que tem 1.300 m2 de área construída. Segundo Maria Aparecida, as conversações com a Shell tiveram início em 2007. Em 2008, o projeto foi apresentado à Agência Nacional de Petróleo e Gás Natural (ANP), a quem cabe fiscalizar esse tipo de proposta. Em setembro do mesmo ano o convênio para a construção do laboratório foi finalmente assinado pelas duas partes. As obras físicas tiveram início em abril de 2010. "Este laboratório dará um valioso suporte às pesquisas da FEQ e de outras unidades, principalmente na área de caracterização de sólidos", acrescentou Maria Aparecida.

De acordo com o reitor José Tadeu Jorge, o esforço da FEQ para a construção do Laboratório de Caracterização de Biomassa é representativo do envolvimento de docentes, estudantes e funcionários no projeto que levou a Unicamp a ser o que ela é atualmente, uma das melhores escolas de nível superior do mundo. Ele destacou a importância do estreitamento das relações da Universidade com a sociedade, inclusive o setor produtivo. "Essa parceria com a Shell é um exemplo importante dos frutos que essa aproximação com a sociedade pode proporcionar. Este laboratório certamente trará impactos positivos para a qualificação das nossas pesquisas e também para a formação de recursos humanos, que é a nossa principal missão".

O diretor de produção e exploração da Shell, Carlos Montagna, destacou igualmente a importância da parceira com a Unicamp, lembrando que é uma decisão estratégica da empresa investir em pesquisa e desenvolvimento no Brasil, país que está na linha de frente quando o assunto é biocombustível. "A Unicamp já é uma instituição de excelência. Tenho certeza de que as pesquisas desenvolvidas neste laboratório contribuirão para que o país continue exercendo a liderança na área de biocombustíveis", previu. Também participaram da mesa de autoridades a diretora da FEQ, professora Liliane Maria Ferrareso Lona, e a especialista em regulação da ANP, Luciana Mesquita.

Embora o laboratório tenha uma vocação natural para dar suporte à pesquisa sobre a biomassa (leia-se biocombustíveis, principalmente etanol de segunda geração), ele pode servir a pesquisadores de diversas áreas, como de alimentos, biologia e química, para ficar em somente três exemplos. A construção da unidade compõe um orçamento anual de mais de US$ 1 bilhão investidos pela Shell em pesquisa e desenvolvimento ao redor do mundo, o que coloca a empresa em uma posição de liderança entre as companhias internacionais de energia.  Em dezembro, a companhia espera inaugurar o maior tanque estratigráfico (destinado ao estudo das camadas de rochas) da América Latina, em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul.