O tema da segurança pública não pode ficar restrito aos operadores do sistema de segurança. Ele precisa ser amplamente discutido pela sociedade, e a universidade é um espaço privilegiado para esse tipo de reflexão. A afirmação é do coronel Íbis Pereira, subdiretor de ensino da Polícia Militar do Rio de Janeiro, que participou no final da tarde desta quarta-feira (13) do seminário “Depois de junho - o modelo policial brasileiro e suas críticas, depois das intervenções policiais recentes”, promovido pelo Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) da Unicamp.

Durante o evento, que foi organizado pelo professor Jorge Coli, diretor do IFCH, o coronel Íbis Pereira destacou que a sociedade brasileira ainda se mostra indiferente à tragédia causada pela violência urbana. Anualmente, segundo ele, cerca de 50 mil pessoas são vítimas de homicídios dolosos no país. “Essa cifra é comparável ao número de mortes registradas na guerra civil da Síria. Entretanto, nós não estamos reagindo a esse quadro terrível”, afirmou.

Além o oficial da PM do Rio de Janeiro, participaram da mesa de debates os professores João Quartim de Moraes (IFCH), Suzeley Kalil (Unesp – Franca) e Susana Durão (IFCH). O público que acompanhou o evento foi formado por estudantes, docentes e funcionários. O coordenador-geral da Unicamp, professor Alvaro Crósta, também esteve presente.