Voo de aeronaves não tripuladas
ainda é ilegal nos EUA, diz especialista

23/10/2013 - 14:12

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Edison Bittencourt, organizador do evento na FEQ

Edison Bittencourt, organizador do evento na FEQ

Tim McLain, da Brigham Young University

Tim McLain, da Brigham Young University

As aeronaves não tripuladas (ou “drones”) foram tema da palestra concedida na manhã desta quarta-feira pelo professor Tim McLain, da Brigham Young University (BYU), na Faculdade de Engenharia Química (FEQ). “Vou falar sobre as pesquisas que realizamos em nosso centro de pesquisa, que é financiado pela Fundação Nacional de Ciência dos Estados Unidos. Também vou abordar algumas aplicações ambientais para essas aeronaves”, adiantou.

Neste centro implantado numa parceria entre a BYU e a Universidade de Colorado Boulder (CU), professores e alunos trabalham com empresas e instituições de pesquisa para resolver desafios técnicos e treinar futuros líderes da indústria de aeronaves não tripuladas. “Nos EUA ainda não temos muitas aplicações civis ou comerciais porque é ilegal voar com essas aeronaves no espaço aéreo nacional, segundo regras da Federação de Aviação. Por isso, a maior parte das pesquisas é financiada pelos militares. Mas vou mostrar alguns exemplos de uso não militar para quando esse caminho se abrir”, esclareceu.

O professor Edison Bittencourt, que organizou o evento na FEQ, disse que a área de veículos aéreos não tripulados está recebendo atenção cada vez maior por parte do governo brasileiro. “Isso por causa de aplicações como no controle da fronteira pela polícia e pelas Forças Armadas, e na parte ecológica, em relação a queimadas e derrubada de árvores. Outra aplicação importante está na exploração de petróleo, tanto em termos de segurança como de robótica: no lugar dos aviões, robôs submersos, essenciais para a manutenção das plataformas e para evitar vazamentos. Existem várias iniciativas em andamento, incluindo associações com empresas estrangeiras para produzir esses veículos no Brasil.”

Se uma palestra sobre drones para o público da engenharia química causa certo estranhamento, Edison Bittencourt explica que colaborou durante alguns anos com a Universidade Federal do Amazonas, organizando encontros anuais sobre temas como a química verde e o uso de biomassa. “Foi quando veio a ideia de convidar o professor Tim McLain para nos colocar a par desse conhecimento, pois temos a mineração e outras explorações ilegais na Amazônia que precisam ser controladas. É uma tecnologia que interessa a todas as áreas de engenharia.”