Unicamp recomporá
seu quadro docente

13/08/2013 - 14:09

Alvaro Crósta, coordenador-geral da Unicamp

O Conselho Universitário (Consu) da Unicamp, órgão máximo deliberativo da instituição, aprovou em sua última sessão ordinária, ocorrida no dia 6 de agosto, medida para promover uma significativa recomposição do quadro docente da Universidade. De acordo com a decisão do Consu, a partir de agora todas as aposentadorias de professores serão repostas automaticamente. Antes, somente as aposentadorias compulsórias, que atingem aqueles que completam 70 anos, eram objeto desse procedimento. “Essa mudança trará um enorme impacto para o futuro da Unicamp, pois promoverá o estancamento do decréscimo do número de professores registrado ao longo dos últimos anos”, analisa o coordenador-geral da Universidade, Alvaro Crósta.

De acordo com levantamento solicitado pelo Consu, a Unicamp contava em 1994 com um quadro formado por 2.055 docentes. No final de 2012, esse número era de menos de 1.800. “Vale destacar que nesse período, apesar da redução do quadro, nós registramos uma importante ampliação no número de alunos, bem como do índice de produtividade de nossos professores”, assinala Crósta.

Além da medida aprovada pelo Consu, acrescenta o coordenador-geral, há uma decisão da atual Reitoria de fechar 2013 com um corpo de 2.000 docentes na carreira MS (Magistério Superior). “A este contingente, devemos somar mais 57 vagas de outras carreiras que também atuam no ensino superior. Ou seja, vamos encerrar este ano com um quadro semelhante ao verificado em 1994”, afirma.

Crósta informa que as aposentadorias registradas a partir de 1º de janeiro deste ano já serão respostas segundo os novos critérios. “Com base no número de docentes que tínhamos em 31 de janeiro de 2012, temos 59 vagas a serem distribuídas entre as unidades de ensino e pesquisa, o que é um dado muito significativo”. Ademais, prossegue o coordenador-geral, a Universidade tem feito esforços para incorporar critérios acadêmicos ao processo de atribuição de vagas, de modo a qualificar ainda mais as atividades de ensino, pesquisa e extensão.

Paralelamente a essas ações, um grupo de trabalho do Consu presidido pelo coordenador-geral tem analisado alternativas para acelerar o processo de preenchimento das vagas docentes. “Estamos revendo as rotinas relacionadas aos concursos públicos, com a missão de identificar quais pontos podem ser alterados para acelerar os trâmites. Atualmente, entre a alocação da vaga e a contratação do docente decorrem cerca de nove meses, o que é um tempo muito longo; é quase um ano letivo inteiro”, constata Crósta.

Outra iniciativa que está sendo estudada é deixar a maior parte dos procedimentos relacionados aos concursos sob os cuidados das unidades de ensino e pesquisa e a menor parte com os órgãos superiores, também como forma de tornar o processo mais célere. “Nossa ideia é reduzir o tempo ao máximo. Ainda não sabemos exatamente de quanto será o ganho, mas imaginamos que ele deverá ser de alguns meses”, estima o coordenador-geral.