Unicamp sedia maior congresso
de informática na educação do país

24/06/2013 - 11:05

 Marcos Borges, professor da FT

Os jogos são uma importante ferramenta do processo de aprendizagem. Ocorre que em geral eles não fazem parte do contexto do ensino no Brasil. Muitos jogos são desenvolvidos no seio da universidade, são testados, financiados, publicados. É só. “A educação tem que embarcar de vez na área tecnológica”, defende o professor da Faculdade de Tecnologia (FT) Marcos Augusto Francisco Borges, que coordenará o Congresso Brasileiro de Informática na Educação, de 25 a 29 de novembro, no Centro de Convenções da Unicamp.

A ideia é, segundo o professor, discutir questões relativas à informática na educação, como o ensino a distância (EAD), os jogos, as ferramentas para apoio na escola e as TICs. O tema deste ano será “Informática na educação: da pesquisa à ação”. A proposta dos organizadores é conseguir que os projetos saiam dos resultados acadêmicos para serem conduzidos às escolas. Por isso um dos desafios será chamar o máximo de professores do ensino fundamental e médio.

A expectativa é de mil participantes, entre acadêmicos, professores da Universidade, do ensino fundamental e do ensino médio, pesquisadores e interessados. O evento é promovido pela Sociedade Brasileira de Computação (SBC) e é reputado como o maior congresso de informática na educação do país. As inscrições já estão abertas.

Informações sobre a programação e o evento poderão ser consultados no site (ainda em construção). Além das palestras, haverá minicursos, mostra de software e de prática educacional e uma mesa-redonda no dia 27 com a presença dos professores Léa Fagundes, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFGRS); Armando Valente, da Unicamp; Fábio Ferrentini Sampaio, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); e Fernando José de Almeida, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), em comemoração aos 30 anos de criação do Núcleo de Informática Aplicada à Educação (Nied). 

Nessa mesa haverá reflexões sobre a História da Informática na Educação nas últimas três décadas e discussão de tendências para o futuro das tecnologias na Educação. Já está confirmada a participação de um dos expoentes norte-americanos da área de informática, Walter Bender, cientista sênior do Media Lab do Massachussets Institute Technology (MIT), com participações relevantes em projetos da área de informática na educação como o OLPC (one laptop per child – um computador por aluno) e XO.

O CBIE 2013 abrigará ainda o 24º Simpósio Brasileiro de Informática na Educação (SBIE), o 19º Workshop de Informática na Escola (WIE), outros workshops (teoria e prática), a Jornada de Atualização em Informática na Educação (JAIE), a Mostra de Práticas de Informática na Educação (MPIE), o Concurso de Teses e Dissertações (CTD), e painéis promovendo a reflexão política (PPDIE) e científica da educação no país (PGPIE). 

De acordo com Marcos Borges, muitos projetos em informática não são usados hoje, mesmo no ensino privado, ainda que disponham de laboratórios devidamente equipados. "Normalmente, os alunos restringem o uso desse espaço para joguinhos. E dificilmente há projetos com fins didáticos que se prestam especificamente a ensinar conteúdos de Geografia, História, Matemática, entre outras disciplinas", lamenta o professor, que fez a graduação, o mestrado e o doutorado no Instituto de Computação (IC) da Unicamp e que também atua como docente vinculado ao Nied.

 

Comentários

É desafiante para o professor o uso de softwares educativos. Eles não estão tão disponíveis como muitas vezes leio. Em minha escola tenho computadores,Linux, disponíveis apesar de não ter professor na sala de informática. Estou entregando hoje meu TCC . Defendo o uso do software no ensino de ciencias baseado na pratica de alguns professores. Estou topando o desafio de implantar no segundo semestre de 2014 o software em minha escola. Aproveito o recesso pra pesquisas. É um grande desafio! Aceito sujestões.

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