Museu de Artes Visuais começa a discutir
criação de serviço educativo para escolas

11/06/2013 - 15:57

/
Fátima Couto e Ana Angélica Albano, organizadoras

Fátima Couto e Ana Angélica Albano, organizadoras

Rita Bredariolli e a experiência pioneira do MASP

Rita Bredariolli e a experiência pioneira do MASP

“Museu e Escola: atravessando fronteiras” foi o tema de mais uma edição dos Fóruns Permanentes de Arte, Cultura e Educação, coordenada pelo Museu de Artes Visuais (MAV) da Unicamp. Os Fóruns Permanentes são organizados pela Coordenadoria Geral da Universidade (CGU). O propósito do evento desta segunda-feira foi promover e ampliar a discussão sobre as possibilidades de construir comunidades de aprendizagem que integrem escolas e museus, apresentando alternativas à forma tradicional como cada um destes espaços entende e promove o conhecimento. Para isso, foram convidados palestrantes que atuam nos campos das artes visuais, história da arte e educação.

“Com esse tema queremos estabelecer relações entre museu de arte e escola, pensando inclusive na implantação de um ‘serviço educativo’ no nosso próprio museu. A ideia é discutir experiências realizadas em outras instituições, tomando-as como base para desenvolver ações de teor cultural”, afirmou a professora Maria de Fátima Morethy Couto, diretora do MAV. “O Museu de Artes Visuais da Unicamp ainda está em fase de implantação e um dos núcleos será essa questão de mediação com o público: como trazer as pessoas para um museu universitário e como fazer dele um espaço de reflexão e de ampliação do conhecimento da comunidade.”

A programação do fórum trouxe os seguintes temas: “Atravessar fronteiras entre palavra e imagem”, com Ana Angélica Albano, professora da Faculdade de Educação (FE) e diretora associada do MAV; “A contribuição de Suzana Rodrigues, presidente do serviço educativo no MASP na década de 1950”, com Rita Bredariolli, professora da Unesp; “A experiência recente do MAR – Museu de Arte do Rio”, com Andrea Farroco, da Fundação Roberto Marinho; “Públicos especiais: acesso e escuta”, com Lucia Reily, do Cepre/Unicamp; “O lugar do professor na construção do conhecimento”, com Fátima Freire Dowbor, da Freire & Dowbor Consultoria; e “Museu e participação”, com Ana Mae Barbosa, professora da ECA/USP e Universidade Anhembi Morumbi.

Rita Bredariolli, que abordaria a experiência pioneira do MASP no serviço educativo, adiantou que conheceu Suzana Rodrigues em 2001, quando foi fazer seu mestrado. “Tenho sempre a tendência de dizer que foi uma experiência muito bonita, que venho recontando através das memórias de Suzana, uma atriz de teatro de bonecos convidada por Pietro Maria Bardi e Lina Bo para criar o serviço educativo inaugurado em abril de 1948. Naturalmente, ela começou a experiência com teatro de bonecos, mas também desenvolvia trabalhos de pintura, visitas às exposições, recepções de obras. Para ela, era uma convivência das crianças com o museu, participando de todo o cotidiano, das atividades artísticas às audições de música.”