A inclusão produtiva como
estratégia contra a miséria

08/05/2013 - 14:02

Ana Fonseca, pesquisadora do Nepp

Ana Fonseca, pesquisadora do Nepp

Público presente ao evento

Público presente ao evento

Mesa de autoridades

Mesa de autoridades

O seminário Brasil sem Miséria - Inclusão Produtiva Urbana: experiências, resultados e desafios, aberto na manhã desta quarta-feira (8) na Unicamp, reuniu um público superior a 500 pessoas, vindas de 280 municípios do país. O evento, organizado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Banco Mundial e Núcleo de Estudos de Políticas Públicas (Nepp), tem por objetivo aprofundar os debates em torno das estratégias do Plano Brasil sem Miséria para oferecer à população mais pobre oportunidades de capacitação profissional, inserção no mercado de trabalho, formalização e crédito. O seminário prossegue nesta quinta-feira, com novas rodadas de discussão.

De acordo com a pesquisadora do Nepp e uma das organizadoras do evento, Ana Fonseca, o propósito do seminário é debater os rumos das políticas públicas de maneira plural e democrática. “Nós temos diferentes entendimentos do que seja a pobreza e sobre a forma de combatê-la. Um evento como este representa o empenho de todos em deixar o tema da extrema pobreza no nosso passado e em colocar novos desafios ao país. A Unicamp tem larga tradição em estudos de políticas públicas, e por isso tomamos a iniciativa de propor o encontro, que recebeu a imediata concordância do MDS”, afirmou.

O Plano Brasil sem Miséria, conforme Ana Fonseca, tem o compromisso de fazer cumprir o que está consagrado na Constituição, ou seja, garantir a todos os brasileiros acesso não somente à renda, mas também aos serviços essenciais como saúde, educação, saneamento e habitação. “O que o plano tem de especial é justamente isso. Ele olha para as diversas manifestações de pobreza, e não somente para a questão do rendimento. As ações são executadas de forma casada, mobilizando os diversos ministérios, além dos estados e municípios. Não há política pública possível nessa área sem a colaboração de todos esses atores”, considerou.

Ao falar em nome do reitor José Tadeu Jorge durante a abertura do seminário, a pró-reitora de Desenvolvimento Universitário, Teresa Atvars, destacou que um dos papeis da universidade é pensar, propor e participar das soluções para os principais problemas do Brasil, entre eles o enfrentamento da pobreza. “Ao desenvolver pesquisas e contribuir para a formulação de políticas públicas nesta e em outras áreas, a Unicamp cumpre o compromisso social que se espera das universidades”, disse.

Também participaram da mesa de abertura do evento, além de Teresa Atvars, a coordenadora do Nepp, Carmen Lavras; a diretora do Banco Mundial para o Brasil, América Latina e Caribe, Deborah Wetzel; e o secretário extraordinário para Superação da Extrema Pobreza, Tiago Falcão. A programação completa do evento pode ser conferida neste link.