Hemoglobina fetal e o
tratamento da anemia falciforme

27/09/2012 - 15:50

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Swee Lay Thein, pesquisadora da área de hematologia do King's College London

Swee Lay Thein, pesquisadora da área de hematologia do King's College London

Reitor Fernando Costa e Swee Lay Thein

Reitor Fernando Costa e Swee Lay Thein

Público na palestra realizada no Salão Nobre da Faculdade de Ciências Médicas

Público na palestra realizada no Salão Nobre da Faculdade de Ciências Médicas

“O aumento dos níveis de hemoglobina fetal em adultos saudáveis não traz nenhuma consequência, mas pode conferir grandes benefícios clínicos em pacientes com anemia falciforme e talassemia, doenças que representam grandes problemas de saúde pública”, disse Swee Lay Thein, pesquisadora, da área de hematologia do King's College London, durante palestra na tarde desta quinta-feira (27), no Salão Nobre da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp.

Segundo o reitor da Unicamp, Fernando Costa, é uma honra ter uma pesquisadora tão respeitada e prestigiada internacionalmente em seu campo de atuação proferindo uma palestra na Universidade. “Ela fez descobertas importantes na área de hemoglobina que são o futuro do tratamento dessas doenças”, disse Costa.

De acordo com os dados da pesquisa “Controle de hemoglobina fetal: novas perspectivas emergentes de implicações genômica e clínicas”, a variação da hemoglobia fetal é controlada geneticamente. Estudos genéticos identificaram três áreas que respondem de 20% a 50% da variação comum dos níveis de hemoglobina fetal em pacientes com anemia falciforme e talassemia. Dois deles incluem oncogenes.

“A partir de genes candidatos por meio de clonagem posicional, para associação do genoma, agilizamos a dissecação da arquitetura genética da hemoglobina fetal. O desafio agora é delinear as variantes para facilitar a identificação de novos alvos para reativação terapêutica. Um impacto imediato destas descobertas pode ser a previsão da capacidade da pessoa para produzir hemoglobina fetal em resposta à doença. Isto terá implicações para o aconselhamento genético e diagnóstico pré-natal das doenças da hemoglobina”, disse Swee Lay.

Nos próximos dias, Swee Lay também visitará o Centro Infantil Boldrini e o Laboratório Nacional de Luz Sincrotron. No dia 1º de outubro, segunda-feira, a pesquisadora coordenará um workshop sobre hemoglobinopatias restrito aos pesquisadores do Hemocentro.