Sucesso da Escola Zeferino é
comemorado pela organização

20/07/2012 - 16:00

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Renato Pedrosa: interação entre palestrantes e inscritos

Renato Pedrosa: interação entre palestrantes e inscritos

Marcelo Knobel: fôlego e vontade para outra edição

Marcelo Knobel: fôlego e vontade para outra edição

Liz Reisberg: o que Jobs e Gates têm em comum?

Liz Reisberg: o que Jobs e Gates têm em comum?

Dourmashkin: inovando o ensino de física no MIT

Dourmashkin: inovando o ensino de física no MIT

Auditório lotado para as palestras da sexta-feira

Auditório lotado para as palestras da sexta-feira

Os organizadores da 1ª Escola Zeferino Vaz de Educação Superior (eZVes) comemoram o sucesso do evento realizando entre os dias 18 e 21 de julho, com convidados brasileiros e internacionais de notória experiência na prática universitária e a participação de aproximadamente 100 dirigentes do alto escalão de instituições públicas e privadas do país e também do exterior. “A impressão que colhemos de todos é muito boa. Creio que a Unicamp cumpriu plenamente os objetivos desta primeira Escola, tanto do ponto de vista acadêmico como de organização e infraestrutura”, afirmou o professor Renato Pedrosa, coordenador do encontro promovido pelo Centro de Estudos Avançados (CEAv) e pela Pró-Reitoria de Graduação (PRG).

Ao realizar um balanço da 1ª eZVes, Pedrosa observou que todas as palestras e reuniões de trabalho contaram com grande presença de inscritos. “Participei de uma mesa sobre a questão da cultura acadêmica das instituições com mais de trinta pessoas, que puderam trocar ideais com os professores Phil Altbach e Simon Schwartzman por uma hora e meia. O mesmo aconteceu em outros grupos com os quais conversei. O formato que escolhemos para o evento ofereceu esta chance de participação. Reitores e vice-reitores presentes tiveram o privilégio de interagir estreitamente com convidados que não têm disponibilidade para vir com frequência ao Brasil.”

O professor Marcelo Knobel, pró-reitor de Graduação, que também conversou bastante com os participantes, considerou a experiência extremamente positiva. “Vemos todos felizes com esta possibilidade de contato direto com grandes especialistas em educação superior, discutindo diversos assuntos de interesse como currículo, ranking e o que é uma universidade de classe mundial. Já estamos pensando na organização da segunda edição, mas precisamos rever alguns detalhes, como da sua realização em julho, o que impediu a vinda de muitos interessados que estão em férias. Mais importante é que temos fôlego e vontade para seguir nesta importante discussão sobre o ensino superior no país.”

A primeira sessão desta sexta-feira foi sobre “Novos paradigmas para ensino e aprendizagem”. Liz Reisberg, pesquisadora do Center for International Higher Education (CIHE) no Boston College, abriu a mesa perguntando ao público o que Edwin Land (fundador da Polaroid), Bill Gates (Microsoft), Steve Jobs (Apple) e Frank Ghery (um dos maiores expoentes da arquitetura) tinham em comum. “Nenhum deles terminou a faculdade”, respondeu ela mesma, depois de vários palpites dos participantes. “Frustração? Tédio? Desinteresse? Se somos realmente ‘o centro do conhecimento’, precisamos saber por que pessoas brilhantes, que mudaram a nossa realidade, decidiram sair da universidade. E o que podemos fazer para atrair mais Steve Jobs.”

Em sua palestra, Liz Reisberg defendeu a necessidade de estabelecer um processo mais profundo de ensino e aprendizagem, considerando que é inviável medir quanto um aluno aprende apenas aplicando exames, e que ele não aprende melhor apenas ouvindo. “Estamos ensinando uma geração que caminha com o computador no bolso. Eles não precisam mais guardar a fórmula para converter Fahrenheit em Celsius. O que colocar nesses cérebros? Temos profissões que talvez não existam mais daqui a dez anos, enquanto novas serão inventadas. Devemos pensar sobre o que ensinamos no presente e no futuro possível.”

A segunda palestra do dia foi concedida pelo professor Peter Dourmashkin, que veio apresentar o projeto TEAL (sigla em inglês para Technology Enabled Active Learning), que inovou o ensino de física para os calouros do MIT (Massachusetts Institute of Technology). Trata-se de um método de engajamento interativo implantado há 10 anos, sendo que uma mudança fundamental para seu sucesso está na própria arquitetura do espaço de aprendizagem: 13 mesas redondas são ocupadas por grupos de nove alunos, que interagem diretamente com o professor que circula pela sala; nas paredes, telas para projeção e lousas onde os próprios estudantes expõem suas ideias. “O projeto foi criado por John Belcher, que trabalhou no ônibus para Júpiter na Nasa. Ele dizia que, em termos de dificuldade, o veículo espacial era de nível cinco, mas que mudar uma cultura em educação é nível dez”, recordou Dourmashkin.

Outra experiência no ensino de física, na Universidade Federal de Viçosa, foi trazida pelo professor Álvaro Neves. A sexta-feira teve mais três sessões: “Pressões financeiras e novos modelos de divisão de custos”, com os convidados Phil Baty e Jamil Salmi; “Medindo e melhorando a qualidade”, com Karen Arnold e Pedro Pablo Rosso; e “Estratégias internacionais”, com Philip Altbach e Liz Reisberg. Cinco mesas-redondas paralelas tomaram a tarde. Na programação do sábado de manhã, as sessões “Envolvendo docentes na mudança” e “Formação versátil para o mundo do trabalho”, e a palestra de encerramento “Novos desafios para a educação superior no século XXI”, concedida pelo professor Jamil Salmi.

 

Comentários

Parabens pela iniciativa de organizar uma Escola de tão alto nível. Houve participação ativa de todos os participantes de diversas instituições do Brasil e do exterior. O formato do evento foi muito bem elaborado e implementado. Houve oportunidade para compartilhar experiências de gestão, liderança, inovação e aprendizagem em redes de conhecimentos. Para a segunda edição, minha sugestão é ampliar a participação de convidados de universidades brasileiras de norte a sul do país para diagnosticar as experiencias de gestão brasileira em contraste com experiencias do exterior. A Escola não pode parar. Zeferino Vaz, o mandarim, ficará triste se a Escola não der continuidade. O Brasil e o mundo precisam de momentos como esses para discutir a educação superior.

Email: 
acirmario@gmail.com

Caros Senhores e Senhoras.

Parabéns pela iniciativa e trabalho.

Gostaria de saber se tem ou terá algum documentos (anais, livro, ebook), ou algo do gênero para consulta.

Entendendo que este material para que não pode estar presente será de grande valia.

Att.

Email: 
prof.evandrocorrea@gmail.com

Congratulações pela iniciativa de compartilharem informações, experiências, conhecimentos e, acima de tudo, compartilhar idéias, sugestões, inovações, predispostos a aceitar com receptividade ponderações e sugestões de profissionais docentes e não docentes com visão crítica e criativa, para melhoria contínua do ensino de qualidade em busca da excelência mundial. Que essas vivências enriquecedoras sejam reeditadas com frequência para o bem da EDUCAÇÃO.

Email: 
3milenio@terra.com.br