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Britânicos constatam sinais de poluição intensa nas profundezas

Por Carlos Orsi

Sinais de poluição intensa foram encontrados em fossas oceânicas com mais de 10 km de profundidade e afastadas de centros populacionais, aponta artigo publicado no periódico Nature Ecology & Evolution. Os autores, de instituições do Reino Unido, determinaram que crustáceos que vivem em profundidades extremas contêm tantos contaminantes quanto a Baía de Suruga, no Japão, uma área altamente industrializada.

A investigação foi realizada nas Fossas Marianas e Kermadec, no Oceano Pacífico. Equipamentos foram usados para coletar amostras de vida dos níveis mais baixos das profundezas, e a análise posterior revelou intensa contaminação por poluentes orgânicos persistentes (POPs) na gordura dos crustáceos.

Os autores levantam a possibilidade de os poluentes terem chegado às fossas por meio de partículas contaminadas de plástico. Comentário que acompanha o artigo aponta que os resultados mostram que as fossas oceânicas estão fortemente conectadas às águas superficiais.

Dr. Alan Jamieson, Newcastle University/Divulgação
O crustáceo  Hirondellea gigas, que vive nas partes mais profundas das Fossas Marianas

 

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