Edição nº 610

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Jornal da Unicamp

Baixar versão em PDF Campinas, 10 de outubro de 2014 a 19 de outubro de 2014 – ANO 2014 – Nº 610

Unicamp e Universidade de Delft promovem curso


Uma parceria entre a Unicamp, através da Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários (Preac), e a Universidade de Delft, Holanda, abrirá a oportunidade para estudantes com bacharelado e pós-graduação, além de interessados, realizarem o curso de extensão que, em português, está sendo chamado Tecnologia para Produtos com Base Biológica (Technology for Biobased Products). Começará no dia 27 deste mês. As inscrições já estão abertas. Saiba mais na página eletrônica.

O curso é ministrado por meio de blocos temáticos. Os alunos assistirão a vídeos, lerão textos, responderão a questões. Promovido pela Universidade de Delft, ele também contará com a participação de professores da Unicamp, que produzirão conteúdos a serem posteriormente disponibilizados na plataforma EdX, de ensino a distância.

Trata-se de um curso gratuito com sete semanas de duração e que aborda produtos biorrenováveis: combustíveis e químicos (materiais), conforme Ernest-JAN, gerente desse projeto pela Universidade de Delft. “Ensinamos aos participantes como essa produção funciona, desde a matéria-prima, todos os processos de engenharia até o produto final.”

Segundo Gláucia Lorenzetti, que atua como assessora da Preac em convênios de educação a distância com instituições estrangeiras, esta é a segunda parceria nessa área envolvendo a Preac. A primeira aconteceu há poucos dias com o Coursera, uma plataforma educacional aberta, firmada com a Unicamp e a USP.

O pró-reitor de Extensão e Assuntos Comunitários João Frederico Meyer lembra que a Universidade de Delft tem expertise em muitos outros cursos e que essa plataforma EdX, por sua vez, tem uma ampla gama de cursos. A ideia, diz, é expandir a participação da Unicamp em novas iniciativas.

João Frederico afirma que o interesse imediato na Universidade de Delft está na opção pelo que é biorrenovável. “Essa universidade é referência na área e está construindo uma história de convênios com a Unicamp. Estamos trabalhando com um segundo termo aditivo. O primeiro passo para participar dessa plataforma é através da Universidade de Delft”, expõe o pró-reitor.

Delft é a primeira universidade de tecnologia da Holanda, criada em 1842. Possui praticamente todas as áreas de engenharia e é uma das três universidades de tecnologia do país. Atualmente, essa universidade está muito focada em ensino a distância e acaba de criar um departamento, o Delft X, que não tem propriamente um espaço físico, mas que oferece este tipo de curso. “Essa linha deve crescer muito e a Delft planeja estar lá na frente, desenvolvendo e descobrindo qual é a melhor forma de conseguir isso”, revela Ernest.

Essa concepção de curso, observa, costuma reunir grande contingente de pessoas. Para se ter uma ideia, no ano passado, foi feito um curso sobre energia solar que atraiu perto de 57 mil alunos. A plataforma EdX é muito conhecida e tem muitos parceiros de peso, como o Massachussets Institute of Technology (MIT) e a Universidade de Harvard, que fundaram a EdX.  

De acordo com Gláucia, essa grande quantidade de alunos se justifica pelo fato desta modalidade do curso estar em franca ascensão, que são os MOOCs (Massive Open Online Courses – cursos massivos abertos a distância). É uma categoria que tem alcançado bastante aceitação. “São milhares de pessoas participando. Esta é uma das características desses cursos”, elogia.

“Os alunos vão para a plataforma, acessada pela Internet, buscar informações. Ela própria faz uma grande divulgação de todo o material de que dispõe”, salienta Ernest. Lá, são encontradas todas as universidades parceiras e é possível selecionar assuntos como por exemplo “direito”. Ao colocar em busca essa palavra-chave, a plataforma fornece todos os cursos que serão ministrados sobre esse tema e outros do interesse do aluno.

Para o pró-reitor João Frederico, a Unicamp faz gosto nessa parceria, sobretudo pelo desenvolvimento que a Universidade de Delft mostra na parte de energia renovável (eólica, solar, biorrenovável). “Esse é o nosso grande interesse, em tecnologia, que nós temos e que eles têm. Então existe um amplo campo para ser explorado”, dimensiona.

O Brasil, e a Unicamp em particular, tem uma vasta experiência no que é biorrenovável e que não é simplesmente de extração. É nisso que a Universidade de Delft está trabalhando, mas também na área de tecnologias. “Já temos um acordo com eles, o que explica a presença do professor Luis Cortez [vice-reitor executivo em Relações Institucionais e Internacionais] nos contatos iniciais”, afirma o pró-reitor.