Edição nº 585

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Jornal da Unicamp

Baixar versão em PDF Campinas, 02 de dezembro de 2013 a 08 de dezembro de 2013 – ANO 2013 – Nº 585

Unicamp inaugura Laboratório de Caracterização de Biomassa

Espaço prestará serviços de análises para docentes, pesquisadores e clientes externos

Unicamp inaugurou no último dia 25 o Laboratório de Caracterização de Biomassa, que foi construído e parcialmente equipado com recursos da Shell Brasil Petróleo Ltda. Ao todo, a companhia investiu R$ 7,9 milhões. A unidade abrigará também o Laboratório de Recursos Analíticos e de Calibração (LRAC), que funcionava anteriormente nas dependências da Faculdade de Engenharia Química (FEQ). O novo laboratório prestará serviços de análises para docentes e pesquisadores da Universidade e para clientes externos, mediante agendamento. “Vamos oferecer uma infraestrutura única de pesquisa”, afirmou a professora Maria Aparecida Silva, uma das idealizadoras do espaço.

Emocionada, a docente lembrou o longo caminho percorrido até a inauguração do laboratório, que tem 1.300 m2 de área construída. Segundo Maria Aparecida, as conversações com a Shell tiveram início em 2007. Em 2008, o projeto foi apresentado à Agência Nacional de Petróleo e Gás Natural (ANP), a quem cabe fiscalizar esse tipo de proposta. Em setembro do mesmo ano o convênio para a construção do laboratório foi finalmente assinado pelas duas partes. As obras físicas tiveram início em abril de 2010. “Este laboratório dará um valioso suporte às pesquisas da FEQ e de outras unidades, principalmente na área de caracterização de sólidos”, acrescentou Maria Aparecida.

De acordo com o reitor José Tadeu Jorge, o esforço da FEQ para a construção do Laboratório de Caracterização de Biomassa é representativo do envolvimento de docentes, estudantes e funcionários no projeto que levou a Unicamp a ser o que ela é atualmente, uma das melhores escolas de nível superior do mundo. Ele destacou a importância do estreitamento das relações da Universidade com a sociedade, inclusive o setor produtivo. “Essa parceria com a Shell é um exemplo importante dos frutos que essa aproximação com a sociedade pode proporcionar. Este laboratório certamente trará impactos positivos para a qualificação das nossas pesquisas e também para a formação de recursos humanos, que é a nossa principal missão”.

O diretor de produção e exploração da Shell, Carlos Montagna, destacou igualmente a importância da parceira com a Unicamp, lembrando que é uma decisão estratégica da empresa investir em pesquisa e desenvolvimento no Brasil, país que está na linha de frente quando o assunto é biocombustível. “A Unicamp já é uma instituição de excelência. Tenho certeza de que as pesquisas desenvolvidas neste laboratório contribuirão para que o país continue exercendo a liderança na área de biocombustíveis”, previu. Também participaram da mesa de autoridades a diretora da FEQ, professora Liliane Maria Ferrareso Lona, e a especialista em regulação da ANP, Luciana Mesquita.

Embora o laboratório tenha uma vocação natural para dar suporte à pesquisa sobre a biomassa (leia-se biocombustíveis, principalmente etanol de segunda geração), ele pode servir a pesquisadores de diversas áreas, como de alimentos, biologia e química, para ficar em somente três exemplos. A construção da unidade compõe um orçamento anual de mais de US$ 1 bilhão investido pela Shell em pesquisa e desenvolvimento ao redor do mundo, o que coloca a empresa em uma posição de liderança entre as companhias internacionais de energia.  Em dezembro, a companhia espera inaugurar o maior tanque estratigráfico (destinado ao estudo das camadas de rochas) da América Latina, em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul.