Edição nº 541

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Jornal da Unicamp

Baixar versão em PDF Campinas, 08 de outubro de 2012 a 14 de outubro de 2012 – ANO 2012 – Nº 541

Obras qualificam
espaços de ensino

Cerca de 200 projetos e 60 obras realizadas
estão voltados para a melhoria da infraestrutura física nas unidades

 

A Pró-Reitoria de Graduação vem investindo pesado para garantir maior qualidade às atividades de professores e estudantes. Boa parte dos 200 projetos e 60 obras realizadas ou em andamento no campus está direcionada para melhorar a infraestrutura física nas unidades. Os editais voltados à valorização dos espaços de ensino, lançados em 2009, 2010 e 2011, chegaram a um total de R$ 6,5 milhões, perfazendo um dos maiores aportes de recursos para o setor nos últimos anos. Como resultado destas ações, 2011 e 2012 foram anos de renovação e melhoria das instalações, envolvendo desde equipamentos de laboratório até a climatização de ambientes.

“Objetivo dos investimentos foi proporcionar as condições necessárias à implantação de projetos relacionados à qualificação e melhoria dos ambientes de ensino”, diz o pró-reitor de Graduação, Marcelo Knobel. Os itens priorizados foram equipamentos, mobiliários e sistemas de informática. “A seleção dos contemplados observou critérios de mérito e abrangência dos projetos, bem como os impactos que eles proporcionariam ao desenvolvimento das atividades de graduação”, completa o pró-reitor.

Só para equipamentos de laboratório foram destinados R$ 1,3 milhão em 2011 e R$ 387 mil em 2012, totalizando cerca de R$ 1,7 milhão. Em 2011, o montante investido nesse segmento representou 33% dos R$ 4 milhões previstos no edital para valorização dos espaços de ensino. Em 2012, a verba liberada para equipamentos para laboratórios chegou a 28% do total de R$ 2,1 milhões estabelecidos no edital.

Outro item em destaque diz respeito aos equipamentos de informática, que receberam R$ 1,1 milhão em 2011 (27% do total previsto no edital) e R$ 532 mil em 2012 (25%), totalizando investimentos da ordem de R$ 1,6 milhão em apenas dois anos. Os editais também contemplaram outros itens, como equipamentos de multimídia, mobiliário, climatização de ambientes e serviços terceirizados. Todas as unidades de ensino e pesquisa foram contempladas.

Também estão previstas ou em andamento outras obras, como reforma na área de anatomia do Instituto de Biologia, climatização da área clínica na Faculdade de Odontologia de Piracicaba, ampliações na Faculdade de Engenharia Mecânica, bloco de salas de aulas na Faculdade de Engenharia Química, ampliação do ginásio e uma nova piscina para a Faculdade de Educação Física, instalação de elevador na Faculdade de Engenharia Civil, conclusão do prédio 3 na Faculdade de Engenharia Agrícola, salas de aula e laboratório na Faculdade de Engenharia de Alimentos e prédio para o curso de Farmácia na Faculdade de Ciências Médicas.

CB3

A proposta orçamentária da Universidade para o ano de 2012 também trouxe uma dotação de R$ 7,5 milhões destinada à construção da primeira fase do Ciclo Básico 3 (CB3), prédio que abrigará laboratórios de ensino que serão utilizados de forma compartilhada por todos os cursos de graduação. O complexo de laboratórios, com um total de 7.450m2, ficará localizado na Praça Central do Básico, perto do Ciclo Básico 1 (CB1), devendo ser entregue à comunidade em 2014. O CB3 foi projetado para oferecer, ainda, espaços de socialização que intensifiquem o uso da Praça Central da Universidade para o convívio e o lazer.

A professora Gabriela Celani, assessora da PRG, explica que o CB3 segue a concepção original do arquiteto João Carlos Bross quando da implantação da Unicamp. “Bross já previa a construção de três unidades de ciclo básico na praça central, incluindo um prédio de laboratórios comuns para a graduação. No início da Universidade, todos os alunos passavam por um ciclo básico, independentemente do curso escolhido. A ideia era que isso se desse no coração do campus e, à medida que eles passassem para a especialização, fossem deslocados para os círculos externos.”

O projeto tem como referências laboratórios similares criados por universidades de excelência no exterior e seguindo a tendência do “inquiry lab”, que implementa o conceito de pesquisa como método de ensino. Segundo Gabriela, os espaços do CB3 serão facilmente adaptáveis para atender a diversas demandas, como de laboratórios de mecânica, termodinâmica, imagens, eletricidade e eletrônica, ou quaisquer outras atividades que requeiram discussão em grupos.

O CB3 terá três pavimentos superiores e em cada um deles serão instalados dois grandes laboratórios com capacidade para até 140 pessoas, mas que poderão ser subdivididos em três para turmas menores; uma área anexa de apoio, para guarda, preparação e distribuição de materiais; e, ainda, um auditório para apresentação e discussão dos experimentos.

A construção do CB3 se somará a outras duas importantes obras na mesma área. Uma delas é requalificação da Praça Central e a outra é a reforma no Ciclo Básico 2 (CB2). Ambas estão em estágio adiantado, devendo ser concluídas até o final de 2012. Considerada o coração geográfico da Unicamp, a área está carregada de simbolismos na concepção urbanística do campus. É a partir da Praça Central que derivam as ruas e quadras para as diferentes unidades de ensino, como um ponto de irradiação para os diversos campos do saber.

Com a reforma em andamento, implicando em investimentos de R$ 4,5 milhões, o centro da Praça será totalmente reconfigurado, com instalação de um espaço para apresentações de projetos artísticos-culturais. A partir dessas ocupações, busca-se agregar novos valores para um espaço aberto de fluxo humano, valorizando-se, sobretudo, a ideia de passagem, que as obras apresentadas transitoriamente podem oferecer.  Todo o entorno do CB2, que apresentava áreas erodidas, foi remodelado juntamente com a quadra frontal do Restaurante Universitário, transformando o espaço num calçadão ligando os dois prédios. A rua de ligação com a Praça Henfil também vai virar calçadão, facilitando a circulação e o convívio de pedestres.

As obras no CB2 envolveram a reforma de nove salas de aula e um anfiteatro, representando investimento de R$ 870 mil. As salas receberam tratamento acústico (forro, painéis especiais, piso) e luminárias de maior eficiência. Rute Siqueira Alves, assistente técnica de direção da PRG, afirma que todas já possuíam rede multimídia e projetores, mas o mobiliário foi todo trocado. “Nas salas menores, com 55 a 60 lugares, mudamos a posição das lousas panorâmicas (levemente côncavas para facilitar a visão de qualquer ponto da sala), o que triplicou o espaço de escrita; no anfiteatro, com 130 lugares, a lousa deslizante teve seu espaço quadruplicado”.

Para garantir maior acessibilidade, o CB2 também ganhará elevador e sinalização horizontal, somando mais R$ 240 mil em investimentos. O saguão do prédio passará a contar com iluminação, instalações elétricas e mobiliários novos. A ideia, segundo Rute, é oferecer condições adequadas para que os estudantes possam desenvolver suas atividades com segurança e conforto tanto de dia quanto à noite. Haverá, ainda, um novo laboratório de informática equipado com notebooks e rede wi-fi.

Outra intervenção relacionada ao Ciclo Básico foi a instalação de um novo espaço para a Comissão Central de Graduação (CCG) e para o Espaço de Apoio ao Ensino e Aprendizagem (EA)², que têm como objetivo aprimorar a qualidade do ensino de graduação. Os dois órgãos passarão a ocupar um andar inteiro do CB1, com direito a auditório, representando investimento de R$ 820 mil.

Paviartes

Investimentos da ordem de R$ 12 milhões também deram fôlego novo ao Instituto de Artes (IA). Entre as ações concluídas e em andamento destacam-se a reforma do Pavilhão 1 de Artes Cênicas e Dança (Paviartes), um novo estúdio multimeios e a construção do Teatro-Escola de Artes Cênicas e Corporais e de um prédio próprio para o curso de Midialogia. Também foram realizadas melhorias no piso das salas de artes cênicas, no telhado do instituto, na cabine de força, nas instalações elétricas da sala de artes dramáticas e no tratamento acústico e térmico das salas de música.

Uma dos destaques foi a reforma completa do Paviartes, concluída em março de 2012. As obras incluíram um novo layout para otimização dos espaços; troca da rede elétrica; troca de pisos das salas para as atividades de teatro e dança; reforma dos banheiros; instalação de plataforma de acessibilidade; e pintura geral do prédio, que tem 1,4 mil metros quadrados de área construída. As atenções do PRG voltam-se, agora, para o Pavilhão 2, no mesmo local, que também deverá passar por reformas.

Também no IA, foi entregue em 2010 um moderno estúdio multimeios, que possui áreas de áudio e de captação e edição de imagens, permitindo uma melhor organização do largo espectro de atividades do departamento. Estão em construção, ainda, o Teatro-Escola, orçado em R$ 11,5 milhões e com previsão de entrega para 2013, e o novo prédio do curso de Midialogia, que demandou investimentos da ordem de R$ 2,5 milhões e deverá ser entregue também no ano que vem.

Além das obras no campus de Campinas, foram alocados perto de R$ 30 milhões para o novo campus de Limeira, que abriga a Faculdade de Ciências Aplicadas (FCA), incluindo três grandes construções: o prédio de ensino 2, com anfiteatros para receber turmas de 120 alunos; o refeitório universitário; e a conclusão do prédio de laboratórios. A unidade também ganhou um posto do Serviço de Apoio ao Estudante (SAE).