A
Universidade - Atuação - Breve retrato da
Unicamp
A história começa a ser contada nos anos 60.
Na época, o cenário era um vasto canavial
a 12 quilômetros do centro urbano de Campinas. Passados
quarenta anos desde a instalação oficial do
campus da Unicamp, a paisagem rural onde antes crescia em
abundância a cana-de-açúcar cedeu lugar
a um complexo de ensino e pesquisa implantado em quase três
milhões de metros quadrados de área, repleto
de edifícios, parques e gramados.
Construção
da via de acesso de Barão Geraldo ao Campus Universitário,
Campinas, SP , 1969
Se
o projeto urbanístico inicial sofreu alterações
e adaptações ao longo do tempo, permanecem
intactos os ideais primitivos da Unicamp: a vocação
para a pesquisa e a capacidade de inserção
no processo de desenvolvimento nacional que a acompanham
desde sua criação pelas mãos do médico
parasitologista Zeferino Vaz (1908-1981). Graças
a sua grande capacidade de conjugar harmoniosamente ensino
de alta qualidade, pesquisas socialmente relevantes e prestação
de serviços a Unicamp tornou-se não só
uma das mais conhecidas universidades brasileiras como também
aquela que, possivelmente tem maior visibilidade no exterior.
Foto aérea: A UNICAMP inicia sua história
no campus de Campinas
Em
5 de outubro de 1966 foi lançada a pedra fundamental
que deu origem ao campus da Unicamp em Campinas. Embora
a universidade já existisse no papel desde 1962 e
funcionasse com uma unidade embrionária – a
Faculdade de Ciências Médicas – desde
1963, a data foi oficializada como a do aniversário
da instituição. O alto grau de excelência
alcançado pela instituição tem reflexo
direto nas atividades desenvolvidas por professores, alunos
e funcionários. A Unicamp é, atualmente, a
universidade brasileira com a melhor média no Exame
Nacional de Cursos, o Provão. De seus laboratórios
e salas de aula saem contribuições importantes
para o avanço do conhecimento, em áreas relacionadas
ao dia-a-dia da população, como biotecnologia,
telecomunicações, informática, filosofia,
física, química e muitas outras.
A
Unicamp tem cinco campi, nas cidades de Campinas, Piracicaba,
Limeira, Paulínia e Sumaré. São 20
unidades de ensino e pesquisa (faculdades e institutos),
23 núcleos e centros interdisciplinares, dois colégios
técnicos, um complexo de saúde com três
hospitais, 24 bibliotecas e centros de documentação
e uma série de órgãos de apoio. A qualidade
da formação oferecida pela Unicamp tem muito
a ver com a estreita relação que historicamente
mantém entre ensino e pesquisa. Também está
vinculada ao fato de aproximadamente 90% dos seus 1743 docentes
atuarem em regime de dedicação exclusiva e
97% possuírem o título mínimo de doutor.
Os docentes que conduzem pesquisas de ponta nos laboratórios
são os mesmos que vão para as salas de aula.
A Universidade conta hoje com aproximadamente 17 mil estudantes
em seus 57 cursos de graduação e número
igual de estudantes de pós-graduação
distribuídos entre seus 64 programas de pós-graduação.
Os estudantes que ingressaram na Unicamp em 2007, em sua
maioria são jovens entre 17 a 20 anos, sendo que
o maior número de ingressantes possui 18 anos, representando
32,1%% do total dos ingressantes. Desses inscritos 97,7%
são solteiros. Observou-se que o percentual de mulheres
concorrendo ao vestibular da Universidade nos dois últimos
anos tem se mantido praticamente o mesmo, próximo
a 50%. Atualmente, há certo equilíbrio entre
alunos do sexo masculino e feminino. As regiões metropolitanas
de São Paulo e de Campinas bem como as demais cidades
do interior de São Paulo representam os principais
locais de origem dos estudantes, que concorrem ao Vestibular
da UNICAMP. Dos ingressantes 31% cursaram o ensino médio
em escola pública.
A UNICAMP continua se destacando na área e alcançou em
2007, através da sua
Agência de Inovação
(Inova Unicamp), o marco de mais de 500 patentes
registradas junto ao Instituto Nacional
da Propriedade Industrial
(INPI), das quais 46 foram registradas
neste ano. Outro
resultado de destaque
nessa área foi o número
expressivo de registros
de patentes internacionais
solicitados via PCT (Patent Cooperation Treaty),
totalizando 10 em 2007. No mesmo período foram
firmados 10 contratos de licenciamento de tecnologia,
sendo 08 relativos ao licenciamento de 08 patentes
e 02 contratos de know-how.
Com esses
novos licenciamentos,
a Unicamp atingiu o número de 40 licenciamentos vigentes. Nas atividades
de estímulo à criação
e ao crescimento de empresas
de base tecnológica,
a incubadora da Unicamp finalizou o ano com 10 empresas incubadas em
suas instalações
e duas empresas graduadas. O número de empresas
criadas por ex-professores e ex-alunos
da UNICAMP, conhecidas como empresas filhas da UNICAMP, já
totaliza mais de 150. Essas empresas, que
atuam principalmente nas áreas de Tecnologia
da Informação, Lasers
e Óptica, Biotecnologia,
Engenharia de Alimentos,
respondem por um
faturamento próximo
a 10% do Produto Interno
Bruto (PIB) gerado em
Campinas. Um
dos desdobramentos importantes das atividades dessas empresas
em 2007 foi o fortalecimento
da rede de relacionamento com ex-alunos da universidade,
denominada Unicamp Ventures, que
promoveu o seu primeiro
encontro anual
e aprimorou o processo de identificação
das empresas filhas da Unicamp.
Foto:
Recente visão aérea do Campus de Campinas
A
UNICAMP E SEUS 40 ANOS
Com
42 anos a UNICAMP embora seja uma instituição
jovem, se comparadas às datas de fundação
das principais universidades européias, pode ser
considerada nesta atual fase consolidada como um dos principais
centros de excelência no ensino e pesquisa da América
Latina.
No plano local, responde por cerca de 15% da investigação
científica brasileira e por algo em torno de 10%
das teses de doutorado e mestrado geradas pela pós-graduação
nacional. Com relação a publicações
em periódicos internacionais indexados no ISI “Institute
of Scientific Information”, a UNICAMP é responsável
por aproximadamente 10% da produção nacional,
como mostrado no gráfico abaixo: